Lula chama Bolsonaro de troglodita e promete “surra nas urnas”

Declarações ocorreram em evento do PT no Ceará

Durante evento do Partido dos Trabalhadores neste sábado (30), Lula da Silva (PT) disparou ataques contra o presidente da republica Jair Bolsonaro (PL), classificando-o de “troglodita” e “covarde”.

A definição do palanque de Lula no Ceará foi marcada pelo fim da aliança de 16 anos no estado entre o PT e o PDT.

Os petistas preferiam que a governadora Izolda Cela fosse a indicada pelos pedetistas para tentar a reeleição, mas apoiado por Ciro Gomes o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio foi escolhido candidato ao governo após votação de membros do diretório no dia 18 de julho.

O PT decidiu então acabar com a aliança e lançar candidato próprio.

A decisão rachou também o PDT cearense -Izolda pediu a desfiliação do partido, junto com ao menos cinco prefeitos que também deixaram o PDT nesta semana para apoiar Elmano e Camilo na campanha.

Irmão de Ciro, Ivo Gomes, prefeito de Sobral, cidade natal da família, publicamente se posicionou a favor de Izolda e disse em entrevista ao Diário do Nordeste que o senador Cid Gomes também era a favor da governadores. Camilo Santana agradeceu a Cid durante sua fala neste sábado.

Lula esteve em Fortaleza (CE) em convenção que oficializou o deputado estadual Elmano de Freitas como candidato do PT ao Governo do Ceará.

O petista afirmou que os embates de seu rival político contra o Supremo Tribunal Federal (STF) são sinais de quem sabe que perderá as eleições, e declarou que o povo “dará uma surra nele nas urnas” neste pleito.

– Não vamos aceitar provocação. Nossa vingança será na urna. Bolsonaro tem dito todo dia que a urna não presta, a mesma urna que elegeu ele várias vezes. Mas o medo dele não é a urna, o medo dele é o povo. Porque o povo vai dar uma surra nele na urna – acrescentou.

As falas de Lula ocorreram no Ceará, durante evento de homologação das candidaturas do ex-governador Camilo Santana ao Senado e de Elmano Freitas.

Na ocasião, Lula também prometeu que, caso seja eleito, fará um “revogaço” contra os sigilos de 100 anos que o presidente pôs sobre informações sensíveis, Ele também criticou o Auxílio Brasil de R$ 600 da gestão Bolsonaro, dizendo que criará benefícios permanentes em um eventual governo.