Não foi “inocentado” de nada: Estadão diz que Lula faz o eleitor de bobo e cita casos de corrupção

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Jornal publicou editorial com fortes críticas ao ex-presidente petista

O jornal O Estado de S.Paulo publicou um editorial, neste domingo (15), em que fez duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na publicação, intitulada Lula faz o eleitor de bobo, o periódico afirma que o ex-presidente trata como “idiotas milhões de brasileiros que não se ajoelham sob o altar do PT” e que “lembram muito bem como o partido tomou a Petrobras de assalto”.

– O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter recuperado seus direitos políticos após a anulação de suas condenações judiciais no âmbito da Operação Lava Jato, mas isso não significa, nem de longe, que ele tenha sido absolvido pela Justiça nem tampouco que possa apagar o passado, como tenta fazer ao inventar um discurso sobre a Petrobras nesta pré-campanha à Presidência da República. Ao agir assim, Lula trata como idiotas milhões de brasileiros que não se ajoelham sob o altar do PT e que lembram muito bem como o partido tomou a Petrobras de assalto para transformar a empresa em instrumento de política econômica e um centro privado de financiamento de campanha e enriquecimento ilícito – diz o jornal.

O texto ainda destaca que “qualquer cidadão minimamente informado e que ainda seja capaz de analisar os fatos sem ter o raciocínio comprometido por paixões políticas sabe que a anulação das sentenças penais condenatórias de Lula se deu por razões de natureza processual, não de mérito”.

– A rigor, as decisões favoráveis ao ex-presidente tomadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que, ao fim e ao cabo, lhe restituíram o direito de disputar eleições, dizem respeito apenas aos erros cometidos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela primeira instância da Justiça Federal em Curitiba; Lula não foi “inocentado” de nada – frisou o Estadão.

Segundo o periódico, Lula tenta “de forma ardilosa” “apagar o “petrolão” da história” e induzir parte dos eleitores a crer que “se ele próprio não foi condenado pelo maior escândalo de corrupção da história do país, é porque não houve escândalo de corrupção algum”.