Ex-deputado Wladimir Costa é condenado por injúria e difamação contra jornalista

Pena aplicada pela Segunda Vara Criminal de Brasília é de 1 ano, 6 meses e 20 dias de reclusão. Réu ficou conhecido por tatuar, provisoriamente, nome do ex-presidente Michel Temer no ombro.

O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), em imagem de arquivoBrizza Cavalcante/Agência Câmara dos DeputadosO ex-deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) foi condenado pelos crimes de injúria e difamação contra a jornalista Basília Rodrigues, da CNN. A pena aplicada pela 2ª Vara Criminal de Brasília é de de 1 ano, 6 meses e 20 dias de reclusão.

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Como não conseguiu se reeleger, Wladimir Costa terá a pena de prisão substituída pela prestação de serviços comunitários. O ex-deputado foi condenado ainda a pagar R$ 10 mil em indenização à jornalista.

Ao g1, a jornalista Basília Rodrigues disse que não iria se manifestar sobre o caso. A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado.Imagens na página do deputado Wladimir Costa no Facebook em que aparece com a inscrição “Temer” tatuada no ombroFoto:

Reprodução / FacebookWladimir Costa ficou conhecido após fazer uma tatuagem temporária com a inscrição “Temer” —se referindo ao ex-presidente da República Michel Temer (MDB) — e uma bandeira do Brasil no ombro (veja imagem acima).

À época dos crimes — em 2017 —, Basília atuava na rádio CBN e pediu ao ex-parlamentar que mostrasse a tatuagem. Ele, então, respondeu: “Pra você, só se for o corpo inteiro”.Diante da repercussão negativa do caso, Wladimir Costa usou as redes sociais para afirmar que ninguém acreditaria em assédio sexual porque a repórter, na visão dele, “foge totalmente dos padrões estéticos que, supostamente, despertariam algum tipo de desejo em alguém”.”O Querelado sempre adota o tom de sexualização e menosprezo em relação à ré”, diz o juiz, na sentença.

No processo, o juiz André Ferreria de Brito diz que Wladimir Costa sustenta que sua conduta teria ocorrido em “tom jocoso”, mas, para o magistrado houve diferença no tratamento dele com repórteres de sexo masculino.

“As imagens do episódio identificam de forma nítida uma distinção de tratamento para a resposta ao repórter de sexo masculino, a sexualização no trato com a Querelada, profissional mulher, e o evidente constrangimento a que foi submetida a Querelante”, diz o juiz.Leia outras notícias da região no g1 DF.

Fonte: G1/DF

“Sumiu. Não existe mais”, diz Wladimir Costa sobre tatuagem em homenagem a Temer

Deputado disse que estava bêbado e que tatuador “estava simulando que estava furando” a pele, quando, na verdade, fez o trabalho com henna

Por Estadão Conteúdo

"Sumiu. Não existe mais", disse Wladimir Costa sobre tatuagem em homenagem a Temer
“Sumiu. Não existe mais”, disse Wladimir Costa sobre tatuagem em homenagem a Temer(Foto: divulgação)

A homenagem ao presidente Michel Temer na forma de uma tatuagem na pele do deputado Wladimir Costa (SD-PA), conforme se desconfiava, saiu com água e sabão.

— Sumiu. Não existe mais — disse o parlamentar, nesta quarta-feira (9), quando procurado pela reportagem para responder sobre a representação do qual é alvo no Conselho de Ética da Câmara, por assédio a uma jornalista que pediu para ele mostrar a tatuagem.

Até então, Costa jurava que era definitiva a homenagem ao presidente, feita no final de julho, pouco antes da votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente na Câmara e que lhe ameaçava a permanência no cargo. Na ocasião, o deputado disse que havia pago R$ 1,2 mil pela tatuagem — definitiva, segundo ele. Chegou a dizer que tinha doído fazer o desenho: uma bandeira do Brasil e o nome “Temer” embaixo.

Segundo o deputado, ele estava bêbado quando fez a “tatuagem”.

— Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, porra. Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava — justificou.

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Confira a entrevista:

A tatuagem sumiu? Como assim? Não era definitiva?

Sumiu. Não existe mais. Vou pedir ressarcimento ao tatuador. Estou entrando agora com uma ação contra o tatuador, porque ele vai ter de devolver meu dinheiro.

Então era mesmo de henna?

Pois é. Ele fez de henna e eu estava bêbado e não sabia.

Que história, hein?

Do c… (risos)

Mas o senhor chegou a dizer que doeu. Tatuagem de henna não dói.

Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, p… Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava.

E a fidelidade a Temer, saiu com água e sabão também?

Não, não. Ali eu morro agarrado.