Russos atacam com míssil prédio de governo de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia

Russos estão atacando civis na cidade, afirmam dirigentes de governo local. Países marcaram uma 2ª rodada de negociações, mas tropas russas avançam em direção a Kiev. Total de refugiados já ultrapassa meio milhão. ONU faz reunião de emergência

Destaques

ONU: há 136 civis mortos na Ucrânia

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Ataque em Kharkiv atinge prédio de governo; veja vídeo

Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir a guerra na Ucrânia

Russos continuam avançando para Kiev, diz Pentágono

‘Provem que estão conosco’, diz Zelensky à União Europeia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta terça-feia (1º) à União Europeia para provar que estão do lado dos ucranianos no conflito com a Rússia —na segunda-feira, ele assinou um pedido oficial para que seu país seja incorporado ao bloco.

Leia abaixo um trecho do discurso de Zelensky que foi exibido em vídeo em uma reunião de representantes dos países da União Europeia:

“A União Europeia será muito mais forte conosco, isso é certo. Se vocês, a Ucrânia será muito mais solitária. Provem que estão conosco, provem que não vão nos deixar, provem que vocês são de fato europeus e, então, a vida vai vencer a morte e a luz vai vencer a escuridão.

‘Prove que estão conosco’, diz Zelensky ao Parlamento Europeu; discurso foi aplaudido de péHá 6 minutos

Rússia não vai mudar de estratégia por sanções, diz porta-voz do governo russo

As sanções impostas à Rússia não farão o país mudar de estratégia em relação à Ucrânia, disse nesta terça-feira (1º) um porta-voz do governo russo.

“[Países que impuseram as sanções] contam com a pressão deles para que nós mudemos de posição, isso está fora de questão”, disse Dmitry Peskov, o porta-voz.

Peskov disse que são falsas as afirmações sobre ataques contra civis, bombas de fragmentação e bombas de vácuo. Para o russo, a Ucrânia não exibe provas de que um número grande de civis foi morto.

Jornalistas perguntaram a ele se os russos consideram que o governo da Ucrânia é controlado por nazistas. Peskov não quis responder.

O presidente Vladimir Putin recebeu informações sobre o que aconteceu na primeira rodada de negociações entre representantes russos e ucranianos que aconteceu na segunda-feira, afirmou.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, durante discurso na última sexta (18)

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, durante discurso na última sexta (18) (Foto: Sputnik/Sergey Guneev/Kremlin via REUTERS)

Indiano morre em Kharkiv

Um estudante indiano morreu na cidade de Kharkiv, na Ucrânia, vítima de ataques russos, disse o Ministério de Relações Exteriores da Índia.

Em uma publicação no Twitter, o Ministério dá condolências à família.Há 1 hora

Zelensky, da Ucrânia: ataque em Kharkiv é terrorismo de Estado

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira (1º) que os ataques russos à Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, são terrorismo de Estado e pediu para que a comunidade internacional reconheça isso.

“O objetivo do terror é nos quebrar, é quebrar a nossa resistência'”, ele afirmou em um vídeo publicado em redes sociais. O presidente ainda disse que as cidades de Kiev e Kharkiv, as maiores do país, são os principais alvos da Rússia.

Zelensky sobre míssil em prédio do governo: ‘Terrorismo aberto e ostensivo que não será perdoado’Há 1 horaDESTAQUE

ONU: há 136 civis mortos na Ucrânia

Há a confirmação de 136 civis mortos na Ucrânia de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (1º).

Além dessas perdas, há 400 feridos.

A informação foi passada pelo Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

Liz Throssell, uma porta-voz do comissariado, afirmou que o número real deve ser muito mais alto.

A maioria das vítimas é da região de Donetsk e Lugansk.

O programa de alimentação da ONU disse que vai reforçar suas atividades no país para dar apoio a 3,1 milhões de pessoas.

Há 1 milhão de pessoas que tiveram que sair de suas casas, mas continuam no país, de acordo com a ONU.

A agência de refugiados, a Acnur, afirmou que as filas de pessoas que aguardam para entrar na Romênia saindo da Ucrânia chegam a 20 quilômetros.

Na Polônia, as pessoas precisam aguardar até 60 horas para conseguir atravessar a fronteira.

Polônia: 350 mil pessoas já entraram no país após fuga da Ucrânia

Video: imagens de ataque russo a Kharkiv gravadas de dentro de prédio

Veja destruição em prédio do governo atingido por míssil, em KharkivHá 2 horas

Rússia continuará ofensiva na Ucrânia até alcançar seus objetivos, diz ministro da Rússia

A Rússia continuará a ofensiva na Ucrânia até alcançar seus objetivos, disse o ministro da Defesa, Serguei Shoigu.

“As Forças Armadas russas continuarão a operação militar especial até que sejam cumpridos os objetivos fixados”, afirmou Shoigu em uma entrevista coletiva.

A Rússia diz que busca a “desmilitarização” e a “desnazificação” da Ucrânia (alegação russa para justificar a invasão do país vizinho), assim como proteger a Rússia da “ameaça militar criada pelos países ocidentais”, afirmou o ministro.Há 2 horas

DESTAQUE

Ucrânia tenta adquirir armas nucleares, diz ministro de Relações Exteriores da Rússia

O governo da Ucrânia procura adquirir armas nucleares, e isso é um perigo real que precisa ser evitado, disse o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Ele enviou uma mensagem gravada à Conferência sobre o Desarmamento em Geneva, na Suíça.

“A Ucrânia ainda tem tecnologia soviética e meios de conseguir essas armas, nós não podemos deixar de responder a esse perigo real”, afirmou. Ele disse ainda que os países do Ocidente não podem construir instalações militares em nenhum país que fez parte da União Soviética.

Segundo as agências de notícias Ria e Tass, ele disse que é inaceitável que países da Europa guardem armas nucleares dos EUA. Para Lavrov, as armas devem ser devolvidas.

Diplomatas que estavam no encontro saíram do recinto assim que a imagem de Lavrov surgiu no telão.

Lavrov: União Europeia age em “frenesi russofóbico”

Ele ainda acusou a União Europeia de promover um frenesi russofóbico ao fornecer armas à Ucrânia.