Vídeos: sobe para 38 o número de mortos após temporal no RJ

Força da água arrastou carros, causou ao menos 180 deslizamentos e destruiu casas. Buscas por desaparecidos continuam nesta quarta

Rio de Janeiro – O temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (15/2), causou mais de 180 deslizamentos e matou ao menos 38 pessoas, segundo informou a Defesa Civil do município por volta das 9h desta quarta-feira (16/2).https://2edc82ad6e520de55c1ad46b11ebb4f9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O número de vítimas cresce a cada atualização feita pelas autoridades nesta manhã. O Corpo de Bombeiros não tem ideia do total de desaparecidos.

Em diversos pontos da cidade, a destruição remete a um cenário de guerra, como reconheceu o próprio governador do Rio, Cláudio Castro.

A prefeitura decretou estado de calamidade pública. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em agenda na Rússia, se solidarizou com as vítimas e deve visitar o local da tragédia no fim de semana.

O Alto da Serra foi um dos lugares mais devastados. De acordo com a prefeitura, pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina.

chuvas causam deslizamento em morro de Petrópolis

Pontos de alagamento por toda a cidade de PetrópolisReprodução

Cidade registrou ao menos 160 deslizamentosReprodução/Redes sociais

chuvas causam deslizamento em morro de Petrópolis

Foram seis horas de chuva. Em três horas, o volume já superava a previsão para todo o mês de fevereiro. A força da água arrastou carros. Uma cachoeira se formou nas ruas. A Defesa Civil recebeu ao menos 263 chamados de pessoas que moram nos locais atingidos. As buscas por vítimas continuam.

A Região Serrana do Rio de Janeiro viveu a maior tragédia climática da história do Brasil em 11 de janeiro de 2011, quando a chuva que caiu naquele dia deixou mais de 900 mortos e quase 100 desaparecidos.

A tragédia se repete 11 anos depois. Moradores de Petrópolis informaram que o atendimento médico na cidade está caótico. Nessa terça, todas as sirenes foram acionadas, alertando os residentes das áreas de risco. A subida para Petrópolis foi interditada por causa de queda de barreira na BR-040.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ver o terror e o rastro de destruição deixados pela chuva. Confira:

https://youtube.com/watch?v=w6mI7OyaRmw%3Ffeature%3Doembed

Situação gravíssima provocada pelas chuvas em Petrópolis. O governo estadual e federal precisam agir imediatamente para socorrer os moradores da cidade. Falei com o prefeito @rubensbomtempo e vamos ajudar no que for necessário. pic.twitter.com/YJQEH0DvnZ

— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 15, 2022https://2edc82ad6e520de55c1ad46b11ebb4f9.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Petrópolis hoje…😳😳😳 pic.twitter.com/tAoMgK0kZZ

— Paulo Macedo (@PauloMa03343845) February 15, 2022

Chocada com as imagens que chegam de Petrópolis. Cada ano tudo piora, as mudanças climáticas ficam mais fortes (e mais evidentes) e nada é feito. Nada. Estamos muito lascadas. pic.twitter.com/yvO17fDg2s

— Lana 🏳️‍⚧️ LINDA & QUEBRADA (@lanadeholanda) February 16, 2022

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou como um cenário de guerra o resultado das chuvas na região. “Estou pessoalmente aqui e só sairei depois que tivermos com o trabalho 100% organizado”, disse, por meio das suas redes sociais.

Estamos em Petrópolis articulando toda a ajuda necessária neste momento. Ao meu lado, estão os secretários do Estado e o presidente da @alerj@AndreCecilianopic.twitter.com/xvWa0uMkbl

— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 16, 2022

Fonte: Metrópoles