PF prende primo de Alcolumbre em operação contra tráfico

Isaac Alcolumbre foi encontrado com grande quantidade de dinheiro

Um primo do senador Davi Alcolumbre foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (20), no Amapá. A prisão foi fruto de uma operação contra o tráfico internacional de drogas.

A Operação Vikare contou com cerca de 300 agentes da PF que cumpriram 24 mandados de prisão preventiva, além de 49 mandados de busca e apreensão. A corporação investiga casos de associação ao tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro no Amapá.

Um dos presos foi o primo de 1º grau de Davi Alcolumbre. Isaac Alcolumbre é filho de Salomão Alcolumbre, que, por sua vez, é irmão de Júlia Alcolumbre, mãe do senador.

De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, da Folha, o superintendente da PF no estado, Anderson de Andrade Bichara, informou que, na casa de Isaac, foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro “que ainda está sendo contada”, mas é “muita coisa”.

Foi encontrada grande quantidade de dinheiro na casa de Isaac
Dinheiro ainda está sendo contado Foto: Divulgação/PF

Ainda segundo Bichara, Isaac seria dono de um aeródromo certificado que “servia de base para a rota do tráfico” proveniente da Venezuela e da Colômbia. Além do Amapá, a PF também cumpriu mandados contra pessoas físicas e empresas nos estados do Pará, do Amazonas, do Piauí, do Ceará, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná.

Em nota, a PF disse: “Com o aprofundamento do trabalho da PF no Amapá, chegou-se a uma grande e articulada organização criminosa com participação de brasileiros e estrangeiros, voltada à prática de diversos crimes, notadamente o tráfico internacional de drogas, por meio de uma rota que passava por países da América do Sul, principalmente Colômbia e Venezuela e tinha o estado do Amapá como uma de suas bases logísticas fundamental”.

A Justiça Federal do Amapá também apreendeu carros, caminhões, motos, aeronaves, embarcações e imóveis por meio de medidas de sequestro de bens. Além disso, com o bloqueio de ativos financeiros de pessoas físicas e jurídicas chegou ao montante de R$ 5,8 milhões.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se forem condenados, poderão sofrer a pena de reclusão de até 51 anos, além de multa.