Corpo de Lázaro já foi liberado para enterro, mas família não buscou

Lázaro Barbosa foi morto na segunda-feira, 28, após 20 dias de buscas; corpo foi liberado pelo IML para enterro no mesmo dia, mas família ainda não procurou o local para retirada

O corpo de Lázaro Barbosa, conhecido como “serial killer de Brasília”, ainda não foi retirado do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia (GO). Morto com 38 tiros nesta segunda-feira, 28, Lázaro teve o cadáver liberado para enterro no mesmo dia, mas a família ainda não compareceu para retirada.

O corpo chegou ao IML no começo da tarde de segunda-feira, após passar pelo Hospital Municipal de Águas Lindas já sem vida. Lázaro foi encaminhado à unidade de saúde pela mesma equipe policial que o capturou, durante cerco na cidade de Águas Lindas (GO).

No Instituto, foi realizada uma autópsia no corpo de Lázaro, que durou cerca de três horas. Em seguida, ele foi liberado para sepultamento.

Família de Lázaro ainda não buscou corpo no IML

Apesar da autorização, no entanto, o cadáver permanecia no IML até a noite desta terça-feira. Ninguém da família foi ao local para solicitar a remoção.

Caçada a Lázaro Barbosa

Após 20 dias em fuga, Lázaro Barbosa, 32, suspeito de homicídios, estupros e chacina foi morto na segunda-feira, 28. A informação da prisão foi inicialmente divulgada pelo governador Ronaldo Caiado via Twitter. Uma força-tarefa com mais de 200 policiais de Goiás e do Distrito Federal (DF) foi montada para prender o suspeito. Cães farejadores, drones e helicópteros ajudaram na busca do homem conhecido como “serial killer de Brasília”.

“Tá aí, minha gente, como eu disse, era questão de tempo até que a nossa Polícia, a mais preparada do País, capturasse o assassino Lázaro Barbosa”, informou o governador. “Goiás não é Disneylândia de bandido”.

Na madrugada de hoje, 28, a Polícia montou um cerco instalado a cerca de 20km de onde está a base da operação policial. Segundo moradores da região, a ex-companheira de Lázaro chegou a ajudar nas buscas com a equipe.

Caso Lázaro: caseiro e fazendeiro foram presos

Na última quinta-feira, 24, duas pessoas, um fazendeiro e um caseiro, foram presas suspeitas de ajudar Lázaro na fuga e se esconder da ação policial. Habilidoso em matas fechadas e grotas, Lázaro esteve foragido por 20 dias. Nas últimas semanas, o homem deixou um rastro de violência por onde passava, e as equipes policiais chegaram a obter ajuda com equipamentos de outros estados para a busca, como o Rio de Janeiro.

O suspeito chegou a ligar para a mãe e informar que não agiu sozinho em um dos crimes. Em depoimento, o caseiro afirmou que o criminoso vinha dormindo há cinco dias na fazenda onde ele trabalhava, no distrito de Cocalzinho de Goiás. Ele ainda contou que o dono da propriedade ajudava Lázaro, dando alimentos e deixando que ele dormisse na casa.

De acordo com a Polícia Militar, além de matar uma família em Ceilândia (DF) no último dia 9, ele invadiu chácaras, atirou em três pessoas, furtou um carro e o abandonou na BR-070 quando avistou a Polícia.

Caso Lázaro: preso por outros crimes

Preso pela primeira vez em 2007 acusado de duplo homicídio, o homem chegou a fugir três vezes da prisão, de acordo com informações divulgadas pelas Secretarias de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), da Bahia e do DF.

Em 2013, um laudo psicológico feito no Complexo Penitenciário da Papuda (CPP), em Brasília, descreveu Lázaro como “psicopata imprevisível”, com comportamento agressivo, impulsivo, instabilidade emocional e falta de controle e equilíbrio.

Lázaro Barbosa Sousa é suspeito de cometer um quádruplo latrocínio em Ceilândia (DF), além dos crimes em Goiás. Durante a fuga, o indivíduo invadiu propriedades rurais da região do entorno, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar.

O PM, que foi atingido de raspão, chegou a ser levado ao Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas foi liberado. Lázaro já possui uma condenação por homicídio, no Estado da Bahia e era também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.

Caso Lázaro: chacina de família e fuga

Lázaro era suspeito de, no último dia 9, matar a facadas e tiros os empresários Cláudio Vidal, 48, a mulher dele, Cleonice Marques, 43, e os dois filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, 21, e Eduardo Marques Vidal, 15. Após o assassinato da famílias, ele teria roubado uma chácara em Ceilândia, rendendo o caseiro, o dono da propriedade e a filha dele.

Em seguida, Lázaro fugiu para Cocalzinho de Goiás. No dia 12, ele atirou em quatro pessoas, invadiu fazendas e colocou fogo em uma casa ao fugir da polícia. Os feridos foram levados a hospitais da região, sendo que dois estavam em estado grave até a terça-feira, 15.

No último dia 13, o suspeito furtou um carro e o abandonou na BR-070 após avistar uma barreira policial, dando sequência à fuga para uma mata. Na terça-feira, 15, Lázaro fez uma família de refém, levando um casal e afilha de 16 anos para uma mata na região de Cocalzinho de Goiás. Houve troca de tiros no local com as equipes policiais, que conseguiram resgatar as três pessoas sem ferimentos.

Também na terça-feira, 15, dois policiais foram baleados em Goiás durante as buscas por Lazáro. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que os segundo policial foi baleado durante confronto com o suspeito. No entanto, a secretaria não informou se este confronto aconteceu durante o resgate da família feita refém e libertada.