Mãe de quatro filhos, jovem morta em Sobradinho II recebia ameaças

Thatiele da Cruz Ferreira foi assassinada a tiros na manhã deste sábado (24/4), em frente ao Restaurante Comunitário da cidade

Reprodução/Facebook
Assassinada a tiros na manhã deste sábado (24/4), Thatiele da Cruz Ferreira (foto em destaque), de 25 anos, recebia ameaças de morte há cerca de um ano, segundo a irmã informou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O crime ocorreu por volta de 11h, em frente ao Restaurante Comunitário de Sobradinho II, na Quadra 8, Conjunto 12, do Setor Oeste da cidade.

O Metrópoles apurou que a jovem era solteira e tinha quatro filhos. Porém, as crianças viviam com uma irmã dela, Tatiane da Cruz Ferreira, que prestou depoimento nesta tarde.

Aos investigadores, a irmã disse que, na noite de sexta-feira (23/4), Thatiele dormiu na casa dela. Neste sábado, a vítima acordou por volta de 10h e saiu de casa momentos depois, pedindo para que trancassem o portão. Ao final da manhã, seu corpo foi encontrado a alguns metros da residência de Tatiane.

Segundo o relato da irmã à polícia, Thatiele “não tinha responsabilidade com os filhos, visto que sempre esteve envolvida com pessoas de má índole”. Ela narrou que soube de ameaças que a irmã recebia, mas afirmou não ter informações sobre os autores das juras de morte.

No depoimento, a irmã, contudo, também relatou à polícia que a jovem havia sido, anteriormente, testemunha de uma tentativa de homicídio. Na ocasião, Thatiele foi alvejada por disparos de arma de fogo. Seu testemunho, teria desagradado os envolvidos na ocorrência, que passaram a ameaçá-la, segundo a polícia.

De acordo com a familiar, por conta disso, a vítima estava sem endereço fixo. Há cerca de uma semana, Thatiele esteve na casa da irmã e comentou que “estava lascada e ferrada”, mas sem dar mais detalhes.

Ainda conforme Tatiane, no ano passado, Thatiele foi presa preventivamente. A familiar, porém, também não disse o motivo da prisão. A PCDF levanta os antecedentes criminais da jovem.

O crime

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso por meio da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II). O crime é tratado, inicialmente, como homicídio.

A jovem vestia uma camiseta preta, short jeans e sandálias no momento do assassinato. Seu corpo foi encontrado pela polícia caído no chão, de bruços. Ao lado, havia uma bolsa preta, que guardava óculos e maquiagem. Os objetos foram devolvidos ao pai da vítima. Não havia documentos nem celular.

Conforme a PCDF, a vítima foi atingida por, pelo menos, três disparos de arma de fogo, sendo um na cabeça, um no pescoço e outro no ombro. Um laudo pericial ainda irá confirmar a quantidade de tiros.

Embaixo do corpo, a polícia encontrou ainda fragmentos metálicos de munição de arma de fogo, que serão avaliados pela perícia. Próximo ao local do crime, há uma câmera de segurança, que agora terá as imagens analisadas pelos investigadores.

“Estou sem chão”, diz pai de jovem assassinada em Sobradinho

Tatiely Cruz, 25 anos, foi morta a tiros. Ela deixa quatro filhos com idades entre 6 e 1 ano. A polícia investiga duas pessoas suspeitas

(crédito: Arquivo pessoal/redes sociais)

O assassinato brutal de Tatiely Cruz, 25 anos, na manhã deste sábado (24/4), em Sobradinho II despertou sentimentos de revolta e medo entre os moradores da região. Na rua onde ela foi morta a tiros, as pessoas definem a jovem como muito “sociável, tranquila”. Ela deixa quatro filhos de seis, cinco, três e um ano.

Tatiely foi morta a duas ruas da casa onde morava com o pai, o cabeleireiro Cícero Paes, 56 anos, e os irmãos. “Estou sem chão. Ninguém merece uma coisa dessas”, resumiu o pai.

De acordo com relato de vizinhos, os tiros foram disparados por volta das 10h40, por pessoas que estavam em um veículo. As balas acertaram a cabeça e o ombro dela. O Correio apurou que duas pessoas são investigadas pela participação no crime.

Após o assassinato, o corpo de Tatiely permaneceu na calçada mais três horas, enquanto a perícia trabalhava na cena para colher provas que levem à prisão e condenação dos culpados.

Os investigadores da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) apuram o crime.

Fonte: Metrópoles / CB Correio Braziliense