Proposta foi apresentada pelo prefeito em reunião com representantes da economia local. Além de fechar aos finais de semana, os comerciantes deverão abrir de 10h às 16h.
Comércio aberto no Setor Campinas em Goiânia Goiás — Foto: Juliana Santos/Arquivo pessoal
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), propôs a representantes da economia local a abertura do comércio não essencial de 10h às 16h, de segunda a sexta-feira, portanto, devendo fechar aos finais de semana. Os representantes do setor econômico apresentaram contraproposta para abertura de bares e restaurantes aos sábados e fechamento aos domingos e segunda-feiras. O prefeito ainda vai debater as propostas com o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), nesta terça-feira para que o decreto seja publicado e comece a valer na quarta-feira (14).
O novo decreto, segundo a prefeitura, manterá o comércio aberto por 14 dias seguidos, mas que concessões de flexibilização podem ocorrer durante o período.
Horários de funcionamento:
- Comércio: 10h às 16h
- Serviços: 12h às 20h
- Bares e restaurantes: 11h às 22h
- Shoppings e galerias: 10h às 16h
- Salões e barbearias: 12h às 21h
- Academias: 6h às 22h
- Distribuidoras de bebidas: 6h às 22h
O horário de funcionamento proposto pela prefeitura reduz o dia de trabalho do comércio em 2h diárias, já que o decreto em vigor permite a abertura de 9h às 17h. O prefeito explicou que as medidas visam conter a pandemia da Covid-19.
As únicas atividades que poderão funcionar aos finais de semana são as essenciais, como supermercados, unidades médicas e as igrejas.
As igrejas devem obedecer os protocolos de celebrações com intervalos de 3h e receber a quantidade máxima de 30% de fiéis.
“Nós temos um inimigo comum, ele é o vírus. Nosso objetivo é assegurar a saúde da população, mas também a da economia de nossa cidade. Não estamos medindo esforços para vencermos juntos esta pandemia”, afirmou o prefeito Rogério Cruz.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, apresentou um panorama do cenário epidemiológico, que apresenta recuo da taxa de contaminação, que atualmente está em 0,8 e possibilita a manutenção parcial das atividades desde que sejam observados os protocolos de prevenção. “Continuamos chamando a atenção para que os protocolos sejam rígidos, de modo que os bons não paguem pelos maus.”, enfatizou o secretário.
O secretário de Governo, Arthur Bernardes, agradeceu o interesse dos segmentos em dialogar e auxiliar a administração no combate ao coronavírus. “Temos a responsabilidade de editar um decreto amanhã que muda a vida das pessoas em geral. Ainda é muito cedo para abrirmos mão de alguma restrição de segurança”, explicou sobre a construção do novo decreto.
Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, “o problema não é da prefeitura, é muito maior do que todos nós. É melhor pingar do que faltar, pingando a economia nesse momento, muitos dos nossos empreendedores vão entender e trabalhar muito mais forte na questão dos protocolos”, complementou. Fonte: Do G1