Wilson Witzel vira réu no STJ por corrupção e lavagem de dinheiro

Rio de Janeiro - Pronunciamento do governador Wilson Witzel e secretários de Estado, no Palácio Guanabara, sobre a morte da menina Ágatha Félix durante ação da Polícia Militar no complexo de favelas do Alemão. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

STJ aceita denúncia e Wilson Witzel vira réu por corrupção e lavagem de dinheiro

Ministros prorrogaram o afastamento de Witzel por mais um ano; governador afastado é acusado de desviar recursos da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus

Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou, nesta quinta-feira, 11, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Com a decisão, o ex-juiz se torna réu por corrupção e lavagem de dinheiro.

Witzel foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da operação Tris in Idem, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. O governador afastado é acusado de ter recebido R$ 554,2 mil em propinas, por intermédio do escritório de advocacia de sua esposa, Helena Witzel. A Promotoria afirma que o governador estabeleceu um esquema de propina na contratação de hospitais de campanha, respiradores e medicamentos destinados ao combate à pandemia do novo coronavírus.

A Corte Especial é formada por 15 desembargadores, mas dois deles se declararam impedidos. Os 13 ministros também votaram pela prorrogação do afastamento de Witzel por mais um ano – o governador eleito em 2018 está afastado desde agosto de 2020, por determinação do STJ. O prazo de 180 dias terminaria no fim de fevereiro. A reportagem da Jovem Pan tenta contato com a defesa de Wilson Witzel.