Depois de explosão em Beirute protestos contra o governo do Líbano

Um manifestante é retratado em meio à fumaça de gás lacrimogêneo durante um protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Um manifestante é retratado em meio à fumaça de gás lacrimogêneo durante um protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

As forças de segurança do Líbano usaram gás lacrimogêneo nesta quinta-feira (6) para dispersar dezenas de manifestantes que se reuniram próximo ao parlamento libanês em protesto pela explosão de terça no porto de Beirute. O protesto, contra o atual governo, acusa de corrupção os governantes.

Segundo a agência oficial de informações do país (conhecida pela sigla NNA), os manifestantes teriam vandalizado lojas e jogado pedras nos agentes de segurança que reagiram e deixaram vários manifestantes feridos.

Protestos tomam as ruas de Beirute, no Líbano, após explosão que deixou 157 mortos

A disputa acontece às vésperas de uma grande manifestação contra o governo do Líbano, programada para acontecer no próximo sábado no país que enfrenta uma crise econômica sem precedentes. A estimativa inicial do governo de que é que a tragédia causou danos de US$ 3 bilhões (R$ 15,9 bilhões) a US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões).

Soldados do Exército libanês dispersam protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Soldados do Exército libanês dispersam protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Na terça (4), uma enorme explosão no porto de Beirute deixou pelo menos 157 mortos e 5 mil feridos. Nesta quinta, as escavadeiras do exército abriam estradas para ter acesso ao porto destruído. O país está sob estado de emergência.

Funcionários presos

Ao menos 16 funcionários do porto de Beirute e autoridades alfandegárias foram detidos no âmbito da investigação sobre as explosões de terça-feira de um depósito com toneladas de nitrato de amônio, informou nesta quinta um promotor militar.

São funcionários “do conselho de administração do porto de Beirute e da administração de alfândegas e encarregados de trabalhos de manutenção e (operários) que realizaram trabalhos no armazém” onde era guardado o nitrato de amônio, informou o promotor militar Fadi Akiki em um comunicado.

Manifestantes atearam fogo em entulhos durante um protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Manifestantes atearam fogo em entulhos durante um protesto perto do parlamento em Beirute — Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Nitrato de amônio

O nitrato de amônio se apresenta como um pó branco ou em grânulos solúveis em água e é seguro – desde que não aquecido. A partir de 210 °C, decompõe-se e, se a temperatura aumentar para além de 290 °C, a reação pode tornar-se explosiva.

Um incêndio, tubos superaquecidos, fiação defeituosa ou relâmpagos podem ser suficientes para desencadear tal reação em cadeia.

Passo a passo mostra os detalhes da explosão em Beirute, no Líbano, que ocorreu na terça-feira (4) — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

Fonte: G1