Vídeo: Naja e Víbora-verde-de-voguel comem pela primeira vez no zoo de Brasília

Víbora-verde-de-voguel e naja comem pela primeira vez no zoo; veja vídeo

Serpente foi entrega ao Zoológico, após um estudante de veterinária ser picado por uma naja, que ele criava ilegalmente em casa. As 26 cobras resgatadas desde o incidente, também, se alimentaram

Víbora-verde-voguel se alimenta pela primeira vez desde que chegou ao Zoo de Brasília(foto: Divulgação Fundação Zoológico de Brasília)

As serpentes das espécies víbora-verde-voguel e naja alimentaram-se pela primeira vez, no Zoológico de Brasília, na última quinta-feira (16). A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (21), pela assessoria da Fundação Jardim Zoológico de Brasília. As cobras têm metabolismo lento e comem após longos períodos, em média quinzenalmente.

A víbora-verde-voguel é uma serpente exótica, nativa da Ásia, e foi encaminhada ao Zoológico depois de ser entregue voluntariamente ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA) após um incidente, no qual um estudante de medicina veterinária foi picado por uma naja que ele criava em casa. Como a cobra não é nativa do Brasil, a Polícia Civil passou a investigar se há um esquema de tráfico internacional de animais. Com a ação, 26 serpentes foram resgatas e entregues aos cuidados do Zoológico de Brasília, onde permanecem até que haja um destino definitivo. O Ibama avalia o que fará com os animais, mas adiantou que não vai sacrificar as serpentes apreendidas.

Os roedores dados às cobras eram diferentes, já que elas são de portes distintos. A Naja tem cerca de 1,60m de comprimento, e a víbora-verde mede cerca de 40 centímetros.
Ao chegar no Zoológico de Brasília, todos os animais são pesados, medidos e examinados pela equipe de médicos veterinários e biólogos da Fundação, para que seja verificado o estado de saúde de cada um. A Jararacuçu, cobra venenosa nativa do Brasil entregue junto com a víbora-verde-voguel na sede do Ibama em Brasília, também passou pela observação e está saudável.
Na última semana, o Correio acompanhou o tratamento veterinário oferecido às duas pitons que chegaram debilitadas à Fundação Zoológico de Brasília. As cobras estão com infecções e ferimentos na parte inferior do corpo, provavelmente provocados pela estadia em uma superfície inadequada. O banho terapêutico, realizado pela equipe de veterinários, é feito a cada dois dias e deve começar a apresentar resultados em cerca de 20 a 30 dias.

 

  • Fonte: Correio Braziliense
Segundo Carlos Nóbrega, biólogo responsável pelo departamento de répteis do Zoológico de Brasília, todas 26 as cobras recém-chegadas à Fundação comeram bem, após a equipe ofertar o alimento, conforme o planejado. As presas oferecidas à naja e à víbora-verde foram previamente abatidas, para que não ficassem agonizando com o veneno das serpentes.
“Com a naja, a gente colocou o rato no recinto, e ela foi em direção ao rato previamente abatido, isso porque a gente preza pelo bem estar dos animais, inclusive das presas, e, de imediato, esse animal fez a ingestão desse alimento sem ter mostrado nenhuma dificuldade ou problema em relação a isso. À Víbora, a gente ofertou um neonato, que seria um filhote de camundongo. Ao fazer a oferta, de imediato, ela desferiu o bote e fez a ingestão do alimento. Não houve nenhum problema, nenhuma alteração, ocorreu tudo como o esperado e todos os animais, aparentemente, estão aptos a receber esse tipo de alimentação”, explicou Carlos ao Correio.