Onyx demite secretário responsável pelo Bolsa Família

Programa é alvo de deputados que querem reformular a política. Mudanças gerariam um gasto de R$ 9 bilhões a mais para União

As mudanças promovidas pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, continuam — três rodada de demissões exoneraram 22 pessoas. Nesta quarta-feira (04/03), ele desligou do cargo o secretário Especial do Desenvolvimento Social, Welington Coimbra.

Coimbra era responsável pelo programa Bolsa Família, uma das principais políticas da pasta e que tem chamado a atenção de deputados.

O cargo, contudo, não ficou vago. Onyx nomeou o pastor Sérgio Augusto de Queiroz. Procurador da Fazenda Nacional, ele estava na chefia da Secretaria Nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Propostas de reformulação do Bolsa Família começaram a ser discutidas paralelamente no Executivo e no Legislativo, com pontos divergentes e, até o momento, sem diálogo entre ambas as partes.

A reformulação do Bolsa Família faz parte de uma série de propostas apresentadas por parlamentares, capitaneados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para desenvolver uma agenda social própria do Congresso.

Comissão mista que avalia a Medida Provisória nº 898/2019, responsável por instituir o pagamento de 13° salário do Bolsa Família, aprovou nessa terça-feira (03/03) o relatório de Randolfe Rodrigues (Pode-AP), que torna permanente o benefício. Originalmente, o texto do governo federal previa o pagamento apenas em 2020.

Dentre as mudanças propostas pelos parlamentares para o Bolsa Família estão tornar o programa uma política de Estado, elevar as linhas de pobreza e de extrema pobreza para que mais pessoas sejam atendidas e aumentar o valor dos benefícios. O impacto nas contas públicas previsto com as mudanças é de R$ 9 bilhões a mais. Fonte: metropoles