DF; Caos nos hospitais: No Paranoá, crianças dormem no chão e sobre uma mesa

DF: em hospital público, crianças dormem no chão e sobre uma mesa

Irmãos internados precisaram repousar em condições precárias. Caso ocorreu segunda-feira (1°/4), no Paranoá

IMAGEM CEDIDA AO METRÓPOLES
Fernando Caixeta
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitu
A imagem de dois irmãos reflete a situação encontrada no Hospital Regional do Paranoá (HRPa) na noite de segunda-feira (1º/4): na foto, a que o Metrópoles teve acesso, o caçula está em cima de uma mesa, enquanto o mais velho se encontra em um colchonete sob o móvel, no chão. Ambos dormiam quando foram fotografados e recebiam medicação via soro.

Segundo a direção do hospital, a unidade operou com uma demanda acima da capacidade na noite dessa segunda. Como não havia leitos na emergência, as duas crianças, que passaram mal e precisaram ser internadas, foram acomodadas em um consultório.

Por meio de nota, o HRPa informou que pacientes graves eram atendidos pelas equipes mesmo com o pronto-socorro superlotado. “Ambos foram internados na maca, e a equipe disponibilizou o colchão para a mãe, que estava em uma cadeira e iria passar a noite com os meninos. Porém, ela preferiu acomodar um dos filhos nesse colchão, que foi colocado debaixo da mesa. Eles receberam toda assistência da equipe da unidade e já receberam alta nesta terça-feira (2)”, informou o HRPa.

Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento da circulação de vírus respiratórios nesta época do ano faz crescer o número de atendimentos pediátricos nas emergências. “Mesmo assim, todas as unidades continuam operando e recebendo todos que necessitam de atendimento grave”, finaliza a SES-DF.

A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigues, diz que já se deparou com imagem idêntica em prontos-socorros: “Essa cena se repete há pelo menos 30 anos nas emergências do DF”.