Motoristas de vans escolares protestam na base de distribuição da Petrobras

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Foto: Breno Esaki/Jornal de Brasília

Motoristas declaram apoio à paralisação dos caminhoneiros e pedem redução das alíquotas de todos os combustíveis na capital.

Jéssica Antunes
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Em apoio a greve dos caminhoneiros,veículos do transporte escolar do Distrito Federal se concentram no Setor de Inflamáveis no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), na manhã desta segunda-feira (28), próximo à distribuidora da Petrobras. A expectativa é que 700 carros participem do ato até o fim do dia. O grupo pede redução das alíquotas de todos os combustíveis na capital.

Eudenice Nascimento, presidente da Cooperativa de Transporte Escolar e Turismo do DF (Cootetur) conta que as 3,5 mil veículos que fazem o transporte de estudantes não circulem nesta segunda-feira. A estimativa é que ônibus e vans saiam de todas as Regiões Administrativas do DF e de municípios da Região Metropolitana, como Luziânia, Valparaíso, Cidade Ocidental e Águas Lindas.

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“Apoiamos o ato dos caminhoneiros e aproveitamos para reivindicar a baixa da alíquota de impostos de Brasília em cima de combustíveis. Nossa luta é que abaixe para todo mundo. A população não poderia fazer filas para abastecer uma gasolina não cada quanto está. Nós estamos pagando o preço do rombo na Petrobras. Precisamos de um projeto de lei e o governador precisa se sensibilizar que a população de Brasília não tem condições de pagar tanto”, afirma a presidente da entidade. De acordo com a presidente da entidade, a consequência dos altos valores é repassar a quantia aos pais.

Os carros chegam aos poucos ao Setor de Inflamáveis. Muitos escreveram nos para-brisas mensagens pedindo por intervenção militar e tocaram o hino nacional. Eudenice Nascimento diz que isso é posição da cooperativa. “Eu sei que o militarismo impede manifestações como essa, mas já não temos direito de protestar mesmo”, acusa.

Não há qualquer bloqueio na saída dos caminhões-tanque no terminal de distribuição da Petrobras. A Polícia Militar montou um esquema de escolta e, até o momento, a manifestação do transporte escolar é pacífica. 62 caminhões com álcool, gasolina e gás de cozinha seguem para diferentes Regiões Administrativas.