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POLÍTICA
Do UOL, em São Paulo 04/04/2018 – 12h00 > Atualizada 04/04/2018 –
Sem citar diretamente a declaraçãopolêmica do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou, no fim da manhã desta quarta-feira (4), que defende a liberdade de expressão e que desviar-se da Constituição é o que que mais prejudica o país.
“Vocês sabem que sou um cultor, digamos assim, quase escravo do texto da Constituição brasileira. Eu acho que o que dá estabilidade ao país é o cumprimento rigoroso daquilo que a soberania popular produziu ao criar o Estado brasileiro”, disse Temer.
No dia anterior, véspera do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar sua prisão, Villas Bôas escreveu no Twitter que o Exército “se mantém atento às suas missões institucionais”.
O general, que está no maior posto do Exército brasileiro, não citou Lula em sua opinião e não deixou claro a que ela refletia. Segundo ele, o Exército “julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade”.
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Segundo Temer, “[a Constituição] enfatizou em várias passagens a liberdade de informação em consequência a liberdade de imprensa. É da ordem jurídica que nasce a liberdade de expressão e de imprensa”.
A declaração ocorreu durante cerimônia de sanção do projeto que flexibiliza o horário de veiculação do programa A Voz do Brasil. Foi o primeiro evento público de Temer depois das declarações de Villas Bôas. Até então, o presidente não havia se posicionado sobre o paruído disse o partido, em nota.
Fonte: UOL