Máfia: Além de pagar Caro, Motoristas tem 10% a menos de combustível no carro!

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), em conjunto com a Polícia Federal de Anápolis, deflagrou a Operação Fiel da Balança na manhã desta terça-feira (06). A operação foi realizada nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Inhumas, Pilar de Goiás, Pires do Rio e Caldas Novas.

Na ação, foram cumpridas dez conduções coercitivas de donos de postos de combustíveis e técnicos credenciados pelo Inmetro, que faziam a manutenção das bombas, além de mandados de busca e apreensão. Outros três mandados de prisão foram cumpridos em desfavor de servidores do Inmetro, e um suspeito está foragido. Uma quarta prisão foi registrada em Inhumas, um dono de posto de combustível estava de posse ilegal de arma de fogo.

O superintendente do Inmetro foi afastado do cargo. Ele é suspeito de colaborar com as ações indevidas, impedindo que documentos que comprovavam as fraudes fossem entregues a Polícia. Conforme o presidente do órgão, Carlos Augusto de Azevedo, ele já foi substituído e medidas disciplinares e administrativas devem ser tomadas.

De acordo com a investigação, a fraude consistia na instalação de dispositivos eletrônicos nas bombas de combustíveis, para alterar a quantidade de produto fornecida para o veículo e a quantidade que aparecia no visor. Ou seja, o consumidor pagava um valor pelo produto, mas na realidade, recebia menos combustível. Segundo a Polícia Civil, em alguns postos, a alteração chegava a 10% da quantidade abastecida.

Segundo o Delegado Webert Leonardo Silva Santos, um dos responsáveis pela investigação, cerca de 15 donos de postos devem ser ouvidos ainda hoje. De acordo com ele, os fiscais e técnicos recebiam cerca de R$ 500 reais para não fiscalizarem os postos em que as bombas estavam adulteradas.

Ainda de acordo com ele, durante o cumprimento de um mandado de apreensão, na residência de um dono de posto de combustível de Aparecida de Goiânia, foi encontrado até um controle remoto que acionava e desativava o dispositivo eletrônico que fraudava a bomba.