Sistema Produtor Corumbá: parte do DF está 72% executada

Governador Rodrigo Rollemberg visitou as intervenções nesta quarta-feira (17). Segundo ele, captação de até 2,8 mil litros de água por segundo dará segurança hídrica para a capital federal pelos próximos 30 anos

GUILHERME PERA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA 

O Distrito Federal executou 72% de sua parte das obras daquele que deve ser o principal agente da segurança hídrica para as próximas décadas na capital federal: o Sistema Produtor de Água Corumbá.

Governador Rodrigo Rollemberg visitou as intervenções nesta quarta-feira (17). Segundo ele, captação de até 2,8 mil litros de água por segundo dará segurança hídrica para a capital federal pelos próximos 30 anos. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Nesta quarta-feira (17), o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, vistoriou as construções da Estação de Tratamento de Água Valparaíso e da adutora de água tratada, ambas de responsabilidade do DF.

Segundo Rollemberg, o objetivo é concluir os trabalhos até o fim do ano. “Esta é a maior obra de captação de água em curso no Brasil e vai acabar com qualquer crise hídrica pelos próximos 30 anos”, disse.

“Esta é a maior obra de captação de água em curso no Brasil e vai acabar com qualquer crise hídrica pelos próximos 30 anos”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília

O governador de Goiás, Marconi Perillo, esteve no local para acompanhar o ritmo das intervenções. A captação da água em Luziânia (GO) e a construção de 12,7 quilômetros de adutora de água bruta são de responsabilidade do governo goiano.

As obras ficaram paralisadas por meses após suspeita de superfaturamento por parte de Goiás. Perillo assegurou, no entanto, que os trabalhos serão entregues a tempo. “Todos os ajustes necessários foram feitos. A sintonia entre os governos e as empresas é perfeita, vamos cumprir o cronograma.”

Também participaram da vistoria o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco; o ministro das Cidades, Alexandre Baldy; o diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF, Maurício Luduvice; e o presidente da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), Jalles Fontoura.

“O esforço de engenharia bem-sucedido feito pela Caesb tem dado versatilidade ao sistema de abastecimento de água do DF. [A chuva] foi importante, mas a recuperação do nível dos reservatórios não seria tão rápida se não fossem as obras”, disse.

Ele ressaltou que, desde janeiro de 2015, quando não havia perspectiva imediata de crise hídrica, separou recursos do primeiro financiamento que conseguiu, de R$ 500 milhões com o Banco do Brasil, para a obra do Sistema Corumbá.

“Fazia 16 anos que não havia investimentos em captação de água no DF. Bastou 3 anos de chuvas abaixo do nível para termos problemas. Entregamos duas outras captações — Lago Paranoá e Bananal — e inauguramos nessa segunda-feira o booster do Noroeste, para transpor ainda mais água para o Descoberto”, completou o governador.