Aeroportos afetados: Adesão maciça dos trabalhadores à greve

    Aéreas: Adesão maciça dos trabalhadores à greve desta quinta
    Com aeronautas e aeroviários paralisados, aeroporto de Congonhas foi um dos mais afetados

    Claudia Fonseca – SNA

    Os aeroviários e aeronautas da base da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC/CUT) realizaram na manhã desta quinta-feira (22) greve de uma hora, das 6h às 7h, em todos os aeroportos do País.De forma pacífica, os trabalhadores cruzaram os braços em protesto a proposta de reajuste salarial de 6,5%, ou seja, 0,16% de ganho real nos salários, apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), que representa as empresas TAM, Gol, Avianca e Azul. As categorias reivindicam 8,5% de reajuste salarial, a aplicação desta índice nos benefícios e melhores condições de trabalho.

    Para o presidente da Federação, Sergio Dias, que acompanhou a paralisação no Galeão, no Rio de Janeiro, a paralisação foi excelente, pois contou com a adesão maciça dos trabalhadores de todos os aeroportos do País. “Conseguimos atingir o nosso objetivo, que era chamar a atenção das empresas aéreas para o nosso movimento. O resultando foi surpreendente em todas as bases da Federação”, comemora o dirigente em entrevista ao Portal da FENTAC.

    Ato no GRU Airport

    No maior aeroporto da América do Sul, o Internacional de Guarulhos, GRU Airport, dirigentes do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (SINDIGRU/CUT) organizaram a paralisação na entrada de funcionários, próxima ao Terminal 2, setor de embarque.

    O diretor da FENTAC e presidente do Sindicato, Orisson Melo, começou o ato alertando aos trabalhadores que “essa é a hora de mostrar às aéreas a unidade dos trabalhadores”. “Se não houver uma contraproposta que atenda as expectativas das categorias, a greve vai continuar”, ressaltou.

    Com faixas, cartazes e com o grito de guerra, “Descaso do patrão é avião no chão”, trabalhadores iniciaram às 6h a paralisação que teve adesão maciça dos trabalhadores. O ato terminou às 7h.

    Como forma de apoio, os aeroviários das empresas auxiliares do aeroporto também aderiram ao protesto. “Essa luta também é nossa”, salientou Jorge Dardis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Aeroviários em Empresas Auxiliares de Guarulhos (Sintaag/CUT).

    Segundo a assessoria de imprensa da GRU Airport, das 18 partidas programadas para o intervalo entre 6h e 7h, dez tiveram atrasos maiores de 30 minutos.

    Impacto em outros aeroportos da base da FENTAC

    Segundo informações da grande imprensa, o aeroporto de Congonhas (SP) foi um dos mais afetados pela paralisação, com 23 voos cancelados (26,4%) e 20 atrasados (23%). O Santos Dumont (RJ) registrou 13 voos cancelados (22%) e 15 atrasados (25,4%) até as 11h da manhã. No Galeão (RJ), houve registro de um cancelamento e atraso em 12 voos. O aeroporto de Viracopos (SP) registrou (19,4%). Até o momento, os aeroportos com mais reflexos da greve, segundo a Infraero, são Altamira (PA), com 66,7% dos voos atrasados, Porto Alegre (RS) com 55%, Joinville (SC) e Imperatriz (MA), ambos com 33,3%.

    Assembleias com as categorias e conciliação

    Às 15h desta quinta-feira (22), os sindicatos filiados iniciaram assembleias com os trabalhadores para decidir pela continuidade do movimento grevista ou pela suspensão temporária. As assembleias dos aeronautas acontecerão em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas e Belém. Os aeroviários também farão consultas às bases em Guarulhos, Campinas, Recife, Porto Alegre e nos 22 estados da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA).

    Uma audiência de conciliação para retomar as negociações da Campanha Salarial está agendada para sexta-feira (23), às 14h, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre o SNEA, a FENTAC/CUT e os sindicatos filiados. “A nossa luta não é só por ganho real nos salários, mas por qualidade de vida e melhores condições de trabalho. Esperamos que as aéreas atendam às reivindicações dos trabalhadores na aviação que estão insatisfeitos com essa atual situação”, disse o presidente da FENTAC, o aeronauta, comissário de voo na Gol, Sérgio Dias. Com informações da CUT.

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