Mas Siqueira sublinhou que a independência do partido não pode ser confundida com oposição. “Nossa posição consiste em examinar a conduta do governo, as propostas do governo, as mais estratégicas, e se definir sobre elas de forma contrária, ou a favor. Não tem necessidade de ser obrigatoriamente contra, ou obrigatoriamente a favor”.
A reunião da Executiva foi em Brasília. Durou quatro horas e meia e contou com as presenças de atuais governadores como o do Espírito Santo, Renato o Casagrande, do reeleito Ricardo Coutinho, da Paraíba, e de governadores eleitos como Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, e Paulo Câmara, de Pernambuco.
Siqueira evitou falar em penalidades para possíveis filiados do PSB que integrem o governo federal, mas disse que os casos serão analisados pela executiva do partido. Mais cedo, o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), foi mais enfático. “Se quiser ir para o governo, pede para sair do PSB e fica bem mais fácil”, afirmou Albuquerque.
O presidente do partido disse ainda que a direção do PSB vai orientar a sua bancada no Congresso em temas considerados ‘estratégicos’ pela cúpula da legenda. “Para algumas questões estratégicas, o partido vai orientar a bancada. Não é centralismo. É uma posição partidária. No caso da CPI da Petrobras no Senado, já fizemos isso. Alguns parlamentares não quiseram assinar a criação (da CPI), mas fizeram”, disse Siqueira.
Fonte: Notibras