Candidatos fazem de tudo para aparecer em propaganda eleitoral

    Com tempo escasso, candidatos usam martelo, burca, rimas e levam até a família para a TV

    Com tempo de rádio e televisão limitado – entre cinco e 20 segundos – os candidatos a deputado federal e distrital ficam diante de duas opções.
     
     Podem perder-se entre as dezenas que se limitam a proclamar fidelidade a causas como  educação, saúde e  segurança ou podem apelar para algo chamativo. Nesse caso, já identificaram regras básicas.
     
     
    . Quando bato o martelo, as pessoas olham para a TV. Com meu martelo,  mostro também a força do trabalho, a seriedade da política. É um aviso: ‘Ó, o tempo é curto, presta atenção’”, explica a candidata a distrital Telma Gomes (DEM).
     
    A estratégia deu certo, avalia Telma. Quando faz caminhadas pelo DF, “a candidata do martelo”, como diz, é lembrada pela população. “São sete segundos e ainda assim as pessoas lembram”, comemora. 
     
    Slogan até no nome

    E se propaganda é a alma do negócio, por que não fazer do próprio nome político o slogan da campanha?

    Daniel Xavier, ou melhor, “Agora é Daniel”, do PROS chama atenção do eleitor não só pela auto-alcunha, mas também pelas palmadas no fim do acelerado tempo na TV.

    “Tenho nove segundos apenas e eu tinha que arrumar um jeito de fazer o eleitor lembrar de mim.

    E como trabalho com política há mais de 30 anos, nos bastidores, pensei que agora era minha vez, minha única chance. Aí, ficou ‘Wel, Wel, Wel, Agora é Daniel’”, canta, ao telefone, o candidato a distrital.

     
    Fonte: Da redação do Jornal de Brasília