Arruda: Brasília convive com risco de eleger o inelegível

    Brasília convive com risco de eleger o inelegível

     
     
     
    A disputa pelo governo da Capital da República flerta com o imponderável. Condenado em primeira instância por improbidade administrativa, o ex-governador José Roberto Arruda virou candidato do PR escorado numa decisão liminar (provisória) do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a caminho da aposentadoria, cassou a liminar, destravando o processo que pode resultar no enquadramento de Arruda na Lei da Ficha Limpa. O que o tornaria inelegível.
     
     
     
     

    Tomada na quinta-feira, a decisão de Barbosa veio à luz nesta sexta (4). Mas Arruda não se deu por achado. Numa evidência de que não tem a menor intenção de se retirar da disputa, o ex-governador anunciou nesta mesma sexta o nome do seu candidato a vice: o ex-deputado federal Jofran Frejat, também do PR. Por mal dos pecados, Arruda lidera todas as pesquisas. Ou seja: a maioria do eleitorado do Distrito Federal não parece se importar com a hipótese de eleger um candidato que, no meio do caminho, pode se tornar um ficha suja de papel passado.

    Chama-se Álvaro Ciarlini o juiz que condenou Arruda por improbidade. Ele é titular da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal. Sua sentença se refere ao caso que ficou conhecido nacionalmente como mensalão do DEM —um esquema de coleta de propinas de fornecedores do governo, para distribuição entre aliados políticos. A coisa foi escancarada em 2010, quando Durval Barbosa, ex-secretário de Assuntos Institucionais do governo Arruda divulgou vídeos exibindo a distribuição de dinheiro. O próprio Arruda aparece numa das fitas recebendo verba suja Leia mais
     
     

    Fonte: Blog JOSIAS DE SOUZA – 05/07/2014