Após ver arquivada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia de irregularidades na contratação de serviços de iluminação decorativa para o Carnaval de 2009, quando ainda presidia a Empresa Brasiliense de Turismo (Brasiliatur), o deputado federal Rôney Nemer (PP) terá apenas mais um desafio na Suprema Corte – e, talvez, o mais delicado.
O deputado aguarda o Judiciário pautar o julgamento da ação que ele responde após ter sido mencionado em gravações interceptadas pela Polícia Federal e também as feitas pelo delator, Durval Barbosa, como um dos distritais supostamente beneficiados pelo esquema de corrupção, conhecido como Operação Caixa de Pandora.
O parlamentar havia sido condenado por ter recebido pagamentos do governo Arruda, entre 2007 e 2009, para apoiar ações do então gestor. A condenação foi por enriquecimento ilícito e dano ao erário, com suspensão de direitos políticos – fato que impede Nemer de disputar qualquer cargo público nas eleições de outubro.“É mais uma constatação de que a Justiça foi feita. Agora, só falta um”, disse ao comentar sobre o arquivamento do primeiro processo.
Na verdade, são duas ações restantes sobre a mesma acusação da Pandora: um na esfera criminal e outra na cível. O deputado acredita que caso seja inocentado em alguma delas, a outra automaticamente será finalizada.
Apesar disso, ainda não há previsão sobre quando o STF incluirá as ações na pauta de julgamentos.
Fonte: Metropoles