“Ex não tem valor”: Distritais rebatem críticas de Doyle. Novo secretário muda o tom do governo

    Para Celina Leão, não se deve levar em consideração o que diz um ex, porque “ex não tem valor”

    Hélio Doyle deixou o cargo após Rodrigo Rollemberg sofrer forte pressão de partidos aliados. O desgaste político derrubou Doyle, mas ele não deixou barato. No discurso de despedida, o ex-chefe da Casa Civil fez críticas contundentes a siglas aliadas e, principalmente, à Câmara Legislativa. Após o parlamento local soltar uma nota de repúdio às suas declarações, ontem, Doyle voltou a criticar deputados. “A Câmara deve tomar as medidas que achar necessárias para responder as acusações que faço, mas seria melhor que a presidente Celina Leão zelasse mais pela ética naquela Casa”, disparou…

    As declarações de Doyle causaram grande revolta. À tarde, Celina, uma das pivôs dos embates políticos, mostrou desdém em relação às afirmações de Doyle. “Não devemos nem levar em consideração o que diz um ex, porque ex não tem valor. E ele é sempre ex”, disse.

    Pouco mais tarde, contudo, o Legislativo local se pronunciou oficialmente sobre o assunto e soltou uma nota de repúdio. Nela, a Câmara pede maiores explicações sobre as acusações de Doyle e também faz ataques. “Quanto às irregularidades que o ex-servidor público Hélio Doyle diz ter tido conhecimento durante sua gestão na Casa Civil, causa estranheza o fato de o ex-servidor não as ter denunciado às autoridades competentes, à época dos fatos”, afirma o documento. E completa: “Para justificar a sua mais recente exoneração, o ex-secretário levanta falsas e vazias acusações contra os membros da Câmara”.

    a Câmara Legislativa anunciou que vai recorrer à Justiça, cobrando as devidas explicações.

    Se for convidado para ir ao parlamento dar explicações, Doyle afirma que vai analisar se “vale a pena”. Caso seja acionado judicialmente, ele também não vê grandes problemas. “O único ônus que eu teria seria na contratação de um advogado”, afirma. Ele disse que o que está fazendo são “denúncias de caráter político”. “Foram fatos que ocorreram comigo, com outros secretários e com o próprio governador, que a mim relataram os acontecimentos. Mas sob os quais não tenho provas. Esses fatos caracterizam uma deturpação do mandato parlamentar, mas não necessariamente um crime”, diz. (M.T.) informações do Correio Braziliense.

     

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