Uma vítima foi levada em estado grave ao Hospital Souza Aguiar. Bope ordenou o esvaziamento da rodoviária e fez um cerco
Rodoviária do Rio foi cercada por policiais militares
Ao menos 18 pessoas são mantidas reféns em um sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense, na tarde desta terça-feira (12). Entre eles estão uma criança e quatro idosos.
Dois passageiros ficaram feridos, de acordo com policiais militares, em um tiroteio. Uma pessoa foi levada em estado grave ao Hospital Souza Aguiar, no centro.
O Bope (Batalhão de Operações Especiais) foi acionado para o local para negociar com os suspeitos. A área permanece cercada por viaturas da Polícia Militar e ambulâncias.
Até o momento, as circunstâncias não foram divulgadas. Mas informações iniciais indicam que teria ocorrido uma tentativa de assalto.
A concessionária não deu detalhes do ocorrido, mas confirmou que houve uma ocorrência dentro de um ônibus na plataforma central.
Vídeo:
Bope ordena esvaziamento de rodoviária
Por volta das 16h, policiais do Bope ordenaram que a rodoviária foi esvaziada por medida de segurança. O espaço aéreo foi fechado, e a área continua isolada.
Policiamento
Além da presença de agentes do Bope, policiais do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, do 4º BPM (São Cristóvão) e do 5º BPM (Praça da Harmonia) intensificaram o policiamento no perímetro, de acordo com a Polícia Militar.
Homem faz reféns em ônibus na Rodoviária do Rio, e há relatos de tiros e feridos
Um ônibus da empresa Viação Sampaio foi alvo de um criminoso armado. Segundo a PM, há crianças e idosos entre os reféns. A polícia informou que duas pessoas foram baleadas, uma em estado grave.
Homem faz 18 reféns em ônibus na Rodoviária do Rio
Um criminoso invadiu um ônibus da Viação Sampaio, na Rodoviária do Rio, no Centro, e fez ao menos 15 reféns, incluindo crianças e idosos, na tarde desta terça-feira (12).
Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, foi acionada para a ocorrência. A área foi isolada.
Segundo a polícia, duas pessoas foram baleadas. Uma das vítimas levou três tiros e foi encaminhada para o Hospital Souza Aguiar.
O homem, identificado como Bruno Lima de Costa Soares, foi atingido no tórax e no abdômen. Ele foi encaminhado à cirurgia e, segundo o hospital, corre risco de morte.
Um dos passageiros contou que o ônibus tinha como destino Juiz de Fora, mas foi rendido pelo criminoso, que fez disparos. Os tiros atingiram Bruno.
“A gente estava dentro do ônibus, que ia para Belo Horizonte. Mas ele quebrou, não chegou nem a sair, e como estava quente nós descemos. Do nada, um homem começou a atirar de dentro do ônibus e atingiu ele. A empresa está lá no hospital cuidando dele.”
O outro ferido não foi identificado. Ele não deu entrada no Souza Aguiar.
Um homem disse que viu o momento em que o bandido sacou a arma.
“Eu estava na passarela quando o rapaz sacou a arma, começou a trocar tiros, baleou o rapaz e entrou no ônibus. Tenho dois amigos que estão dentro do ônibus. Todo mundo desesperado, a gente não sabe o que vai acontecer”, disse Carlos Saraiva.
Uma mulher disse que o ônibus estava indo para Juiz de Fora (MG) e já havia saído da rodoviária. Após percorrer cerca 500 metros, o ar-condicionado quebrou, e o motorista decidiu retornar para fazer o reparo.
De volta à rodoviária, alguns passageiros decidiram descer porque estava muito quente. Foi quando o sequestrador, que, segundo ela, já estava no veículo, fez os disparos.
Trinta e sete pessoas compraram passagem para Juiz de Fora, mas não se sabe se chegaram a embarcar.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada às 15h.
Homem faz reféns na Rodoviária do Rio
Em nota, a concessionária que administra a rodoviária informou que houve uma ocorrência dentro de um ônibus na plataforma central.
“Imediatamente acionamos as autoridades policiais e Bombeiros que já estão no local. Assim que tivermos mais detalhes sobre o fato, faremos novo posicionamento. A referida área já foi isolada para proteção de todos os passageiros. Aguardamos a ação das autoridades no local”, dizia a nota.
A concessionária orientou ainda que as pessoas com passagens marcadas para esta tarde remarquem a viagem junto às empresas de ônibus. É possível solicitar a troca ou o cancelamento. Os passageiros que estão no local foram direcionados para áreas seguras. Outros já deixaram o terminal.
Todas as lojas do terminal foram esvaziadas.
Passageiros aguardam na Rodoviária do Rio — Foto: Thaís Espírito Santo/g1 Rio
Homem faz reféns em ônibus na rodoviária do Rio — Foto: Reprodução/GloboNews
Policiais na Rodoviária, e o ônibus com reféns ao fundo — Foto: Thaís Espírito Santo/g1 Rio
PM é acionada para ocorrência com feridos e reféns na Rodoviária do Rio — Foto: Arquivo pessoal
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Em 2000, sequestrador Sandro Barbosa do Nascimento foi morto, mas refém Geiza Gonçalves também. Relembre outros casos semelhantes ocorridos no estado.
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O sequestro de um ônibus na manhã desta terça-feira (20), na Ponte Rio-Niterói, terminou com o sequestrador morto e todos os 39 reféns libertados sem ferimentos. A ação, que durou mais de três horas até o seu desfecho, trouxe à memória dos cariocas outro episódio semelhante, mas que terminou de forma trágica: o sequestro do 174.
Há 19 anos, Sandro Barbosa do Nascimento fez 10 reféns em um ônibus que havia acabado de sair da PUC-Rio e estava na Rua Jardim Botânico. Após mais de quatro horas de negociação, com imagens exibidas ao vivo na televisão, um policial do Batalhão de Operações Especiais fez disparos na hora que o sequestrador deixava o ônibus, com uma arma apontada para a cabeça de uma das reféns, Geiza Gonçalves.
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Na ação, Geiza foi baleada e morreu. Sandro ainda foi colocado em um carro da polícia, mas chegou morto ao hospital. As investigações mostraram que ele foi asfixiado por PMs.
O sequestrador era um dos sobreviventes da chacina da Candelária, ocorrida em 1993, e teve a sua história contada em dois filmes: o documentário “Ônibus 174”, de José Padilha, e a ficção “Última parada 174”, de Bruno Barreto.
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Outros sequestros
No fim de maio deste ano, criminosos sequestraram um ônibus que também circula em São Gonçalo, na Região Metropolitana, para levar uma quadrilha a um jogo de futebol. O motorista do veículo foi obrigado a levar os criminosos e só foi liberado à noite. Por causa do sequestro, que aconteceu em um domingo, 10 linhas de ônibus não circularam em São Gonçalo durante todo o dia.
“Me dá vontade de até mesmo abandonar a minha profissão porque eu nunca tenho a garantia de sair para trabalhar e poder retornar com segurança para o meu lar”, disse o motorista do veículo sequestrado em São Gonçalo.
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Ameaça com tesoura
Em 2014, uma mulher foi mantida refém em um ônibus da linha 723 (Mariópolis-Cascadura) na pista lateral da Avenida Brasil, no sentido Zona Oeste, na altura de Guadalupe, na Zona Norte.
De acordo com policiais, o homem tentava assaltar os passageiros quando o ônibus foi interceptado por uma equipe do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), por volta das 17h. O homem então pegou uma passageira como refém e também reteve o motorista no veículo. Ele ameaçava as vítimas com uma tesoura, segundo policiais que estavam no local. O sequestrador se entregou às 19h30.
Em 2015, um homem fez uma passageira refém na linha 125 (Central – General Osório) na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Hilário de Gouveia. A mulher era uma técnica de enfermagem que saía de um plantão e seguia para casa.
Depois de 40 minutos, o homem, que não estava armado, se entregou. Ninguém se feriu.
Aumento no número de roubos
O sequestro de mais este ônibus acontece no momento em que o número de assaltos em coletivos deu um salto: cresceu 21,6% no estado do Rio de Janeiro. Do início ano a abril, houve mais de 5,8 mil casos. Em média, o resultado significa um assalto a cada 30 minutos.
No Município do Rio, foram mais de 3,8 mil roubos em ônibus no período, um aumento de 40% em comparação aos quatro primeiros meses de 2018.
No Centro da cidade, na área coberta pela delegacia da Rua Mem de Sá, o número subiu de 32, de janeiro a abril do ano passado, para 161, no mesmo período deste ano, o que representa um aumento de 400% nas ocorrências.
Na área da Praça Mauá, o aumento foi de mais de 300% no mesmo período. E na região da Penha, na Zona Norte do Rio, de 250%.