Ele espera assumir a vontade popular expressada nas urnas por 8 milhões de venezuelanos
O líder opositor Edmundo González Urrutia reivindicou nesta sexta-feira (4) ser o presidente eleito da Venezuela e disse que voltará ao país em 10 de janeiro para tomar posse.
González Urrutia expressou essa intenção em entrevista coletiva após participar do Fórum La Toja-Vínculo Atlántico, realizado na cidade de O Grove, no noroeste da Espanha, onde enfatizou que sua estadia no país europeu é temporária.
Quando perguntado sobre quando planeja retornar ao seu país, ele disse que voltará o mais rápido possível, quando a democracia puder ser restaurada.
Ele lembrou que 10 de janeiro é a data marcada para a posse presidencial após as eleições de 28 de julho, e espera que nesse dia ele possa assumir a vontade popular expressada nas urnas por 8 milhões de venezuelanos – a oposição alega que houve fraude no pleito para que o atual presidente, Nicolás Maduro, fosse declarado vencedor.
Em relação ao futuro de Maduro, o opositor comentou que “isso depende dele”.
– Não me envolvo nisso – disse.
Diante de comparações com a experiência de Juan Guaidó, que foi reconhecido por vários países, incluindo EUA e União Europeia, como presidente interino da Venezuela, González Urrutia disse que as situações são diferentes, pois Guaidó foi eleito pelo Parlamento, mas ele tem o apoio das urnas.
Urrutia, que chegou a Madri no início de setembro para pedir asilo depois de denunciar fraudes eleitorais em seu país, explicou que teve de sair da Venezuela diante da perseguição política com “pressões indescritíveis e ameaças extremas” a ele e sua família, e considera que foi o capítulo mais difícil e exigente de sua vida.
Ele pediu à comunidade internacional que reconhecesse o resultado da eleição presidencial depois que o Centro Carter, a organização de observação eleitoral dos EUA, divulgou as supostas atas originais de votação na última quarta-feira, que mostram que venceu com 67% dos votos, contra 31% de Maduro.
Na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelos governistas, proclamou Maduro vencedor das eleições, embora não tenha divulgado as atas com os resultados detalhados.
*EFE
Siga-nos nas nossas redes!