Segundo a matéria do portal UOL, Lula e Fernández se encontram e se abraçam após eleição: ‘Que alegria!’.
Menos de 24 horas após a vitória nas urnas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve seu primeiro encontro como presidente eleito do Brasil com um chefe de Estado estrangeiro. Ele se reuniu nesta segunda-feira (31) com Alberto Fernández, presidente da Argentina e amigo de longa data, que chegou pela manhã a São Paulo.
“Todo meu amor, minha admiração e meu respeito, querido companheiro”, escreveu o argentino em uma publicação nas redes sociais.
O post é acompanhado de um vídeo do momento em que os dois se encontraram. Fernández e Lula se abraçam, e o argentino diz ao brasileiro: “Presidente! Que alegria vê-lo!”.
Fernández é amigo de longa data de Lula. Veja matéria completa: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/31/encontro-lula-presidente-da-argentina.htm
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Inflação mensal de setembro deve atingir 6,7%, ligeiramente abaixo dos 7% registrados em agosto.
A inflação anual da Argentina poderá atingir 100,3% este ano, de acordo com uma pesquisa de analistas publicada pelo banco central do país na quinta-feira (7), saltando 5,3 pontos percentuais em relação à estimativa anterior.
A previsão na Pesquisa das Expectativas de Mercado vem em meio a uma prolongada crise financeira e social na terceira maior economia da América Latina.
Como inflação de mais 70% ao ano na Argentina gera explosão de consumo e pobreza ao mesmo tempo

O supermercado do meu bairro em Buenos Aires costumava abrir às 8h da manhã todos os dias, mas há algumas semanas passou a abrir cada dia mais tarde.
Frustrada com esse atraso, um dia reclamei com o caixa pela falta de pontualidade.
“Antes de abrir temos que atualizar os preços dos produtos que aumentaram, e a cada dia a lista do que temos de remarcar é mais longa”, explicou o funcionário, pedindo desculpas.
Se deparar com preços mais caros a cada vez que você vai às compras é uma das consequências de morar em um país com mais de 70% de inflação ao ano, uma das mais altas do mundo.
Enquanto em outras partes do mundo os consumidores estão horrorizados porque o aumento do custo de vida chegou a 10% ao ano, como consequência da pandemia e da invasão da Ucrânia pela Rússia, na Argentina, ter números como esses seria um sonho.
Por aqui, há uma década, a inflação não fica abaixo de 25% ao ano, e nos últimos anos esse número dobrou.
No entanto, nada se compara ao que vivemos este ano, em que problemas internos, aprofundados por problemas externos, levaram a uma aceleração da inflação não vista desde a crise de 2001-2002, que deixou mais da metade da população na pobreza.
Desde março, o país vem registrando aumentos mensais de preços superiores a 5%.
Em julho a inflação atingiu 7,4%, valor mensal mais alto das últimas duas décadas, e a maioria dos consultores estima que em agosto a alta de preços tenha ficado em torno de 6,5%.
Esta é a razão pela qual, nas últimas semanas, as maquininhas de remarcar preços não têm dado conta do serviço.

Mas o pior é que poucos preveem que a inflação vá desacelerar. Ao contrário: a última Pesquisa de Expectativas de Mercado do Banco Central da Argentina indica que a projeção de inflação é de 90% até o final do ano. E vários analistas acreditam que o número pode chegar a três dígitos.