Jean Paul Prates rebateu Alexandre Silveira sobre política de gás
Nesta quinta-feira (22), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, respondeu as declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que a estatal estaria sendo negligente ao restringir a oferta de gás natural no Brasil. Em resposta, Prates argumentou que o país não possui reservas o bastante para todas as demandas, e pontuou que “berrar pelo jornal” não é eficiente, mas sim “trabalhar junto”.
As declarações foram dadas em entrevista depois da assinatura de um acordo de cooperação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, ele frisou que a Petrobras não possui interesse em “sonegar gás” e que o objetivo é trabalhar “dentro do número de reservas”.
– A primeira conclusão a que se chega é que não tem nem condições de fazer fertilizantes no Brasil. Até tem, mas é preciso “cranear” mais, não adianta só berrar pelo jornal, nem achar que um está rindo demais e o outro, fazendo careta. Adianta trabalhar junto, convergir e, principalmente, eleger prioridades. Governar é eleger prioridades. Se não tem gás para todos os segmentos, e há segmentos que podem ter combustíveis substitutos, como hidrogênio, energia solar e eólica, vamos trabalhar o mix, em vez de criar polêmica onde não existe – disparou.
No último dia 16, Silveira disse que prefere que o presidente da Petrobras “feche a cara” e que o governo “logre êxito” para fornecer gás natural mais barato a fim de alavancar a economia.
– Entre agradar Jean Paul e cumprir o compromisso do governo com a sociedade brasileira de gerar emprego, oportunidade e [reduzir] desigualdade, eu prefiro que ele (Jean Paul Prates, presidente da Petrobras) feche a cara e que nós possamos lograr êxito – afirmou em entrevista publicada no jornal Valor.
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