Líder cristão criticou anulação das condenações do ex-ministro de Lula
O pastor Silas Malafaia registrou em vídeo sua profunda indignação para com a anulação de todas as condenações imputadas pelo ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT). Na gravação, publicada nesta quarta-feira (30) em suas redes sociais, o líder cristão questiona “que país é esse?!” e “que Justiça é essa?!”
– [José Dirceu foi] Condenado a mais de 30 anos de cadeia, e não foi só por Moro não. Foi condenado na segunda e terceira instância. E agora livre, leve e solto. E um dado: a Procuradoria-Geral não aceitou, foi contra a liberação dele – ressaltou.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) ainda mencionou o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do petista relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.
Malafaia chamou o magistrado de “cabo eleitoral” da ex-presidente Dilma Rousseff e lembrou que o próprio STF reconheceu os crimes de Lula no passado, ao recusar conceder a ele habeas corpus.
Por fim, o pastor critica a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e defende que, caso o STF mantenha o ex-chefe do Executivo inelegível, terá provado que “virou braço político do PT e da esquerda”, e que “perdeu a condição moral de ser uma Suprema Corte”.
– Eu fico com vergonha do que eu estou assistindo neste país – desabafou.
Assista ao vídeo:
ENTENDA
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu anular, na última segunda-feira (28), todos os atos processuais relacionados à Operação Lava Jato que foram determinados pelo ex-juiz Sergio Moro contra o ex-ministro José Dirceu. Com isso, o petista recuperou seus direitos políticos e tornou-se elegível para disputar as eleições de 2026.
Gilmar atendeu a um pedido da defesa de Dirceu para estender ao ex-ministro os efeitos da decisão do STF que considerou Sergio Moro suspeito para atuar em processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o ministro do STF, Moro atuou contra Dirceu para chegar a Lula.
– Os elementos concretos (…) demonstram que a confraria formada pelo ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores de Curitiba encaravam a condenação de Dirceu como objetivo a ser alcançado para alicerçar as denúncias que, em seguida, seriam oferecidas contra Luiz Inácio Lula da Silva – declarou Gilmar.
A decisão atinge diretamente os casos que fizeram Dirceu ser condenado a mais de 23 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro em esquemas de corrupção na Petrobras. Com a determinação, as decisões de instâncias superiores que tenham confirmado essas condenações também são anuladas.
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