
Em nota conjunta, eles disseram que continuarão atuando com parceiros internacionais
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta segunda-feira (22), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo por coação no curso do processo. A denúncia foi apresentada no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga articulações junto ao governo dos Estados Unidos para impor sanções contra o Brasil e ministros da Corte.
Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, os dois atuaram para promover “graves sanções” estrangeiras com o objetivo de pressionar o STF a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que ambos se apresentaram publicamente como articuladores das medidas e fizeram ameaças a ministros.
– Todo o percurso estratégico relatado confirma o dolo específico de Eduardo Bolsonaro e de Paulo Figueiredo de instaurar clima de instabilidade e de temor – afirmou Gonet.
Na denúncia, a PGR afirma que eles chegaram a cobrar que o Supremo não condenasse Bolsonaro na Ação Penal 2.668. O ex-presidente, embora investigado, não foi denunciado, mas cumpre prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica.
Se a denúncia for aceita, Eduardo e Figueiredo passam à condição de réus na Corte. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
Em nota conjunta, os acusados desqualificaram a iniciativa da PGR e disseram que continuarão atuando com parceiros internacionais:
– Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco – isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional – afirmaram.
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