Contratos que vencem antes do final do governo trazem preocupação
O primeiro encontro pós-eleições entre o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) e Agnelo Queiroz, atual chefe do Executivo, realizada ontem no Buriti, foi pautado pela cordialidade e pela promessa de uma transição pacífica. Rollemberg expressou, porém, preocupação com o estado das finanças do DF.
Ao sucessor, Agnelo garantiu que prestará todas as informações solicitadas, que serão transmitidas por uma comissão de governo organizada pela Secretaria de Planejamento e pela Casa Civil. Prometeu ainda “entregar uma cidade melhor do que ele recebeu”, em 2011.
Agnelo não anunciou o nome de nenhum interlocutor de sua parte e colocou salas do Centro de Convenções à disposição da equipe de Rollemberg. “Estamos estabelecendo uma transição, com a pessoa já estabelecida pelo novo governador. De nossa parte, teremos uma comissão coordenada pelas secretarias da Casa Civil e do Planejamento, que vai responder a todas solicitações da equipe de transição”, disse o governador, referindo-se ao coordenador de transição, Hélio Doyle.
Também é intenção de Agnelo que “o governador eleito tenha normalidade para o funcionamento do Distrito Federal”, declarou Agnelo, prometendo “apoiá-lo integralmente para que essa transição seja o mais construtiva possível”.
Situação do caixa
Rollemberg elogiou a disposição de seu antecessor em prestar as informações. Porém, demonstrou preocupação com a situação financeira do GDF e o encerramento de contratos de serviços básicos, antes do início de sua gestão.
“Há sempre uma preocupação financeira. Nós vamos aguardar as informações oficiais sobre as condições do Distrito Federal”, disse.
Explicou, porém, que sua equipe apresentará um conjunto de perguntas sobre questões financeiras, sobre contratos que expiram no dia 31 de dezembro, “para que possamos, conjuntamente, tomarmos as medidas ainda antes do final desta gestão para que não haja descontinuidade de serviços públicos fundamentais para a população”.
Contas em dia
Agnelo, por sua vez, garantiu que as contas estarão em dia até o fim do seu mandato. “Da parte financeira, cabe ao governo até o dia 31 de dezembro, enquanto eu for governador, cumprirei todas as obrigações necessárias do Estado do ponto de vista financeiro, para poder passar também o governo em boas condições. Não passaremos um rombo e sim um superávit para o próximo governo”, garantiu o governador.
Consulta deve definir os novos administradores
Rodrigo Rollemberg anunciou que se reunirá com associações comerciais e de moradores das 31 regiões administrativas para definir o nome dos primeiros administradores. Promessa de campanha, as eleições diretas para o cargos só deverão ter seu modelo definido após consulta popular e ao Legislativo.
“No primeiro momento vamos ouvir as lideranças políticas das cidades, as associações comerciais e de moradores, para indicar os primeiros administradores regionais, que necessariamente serão moradores das regiões administrativas. Em seguida, vamos iniciar um debate, com a ajuda da Câmara Legislativa, com o objetivo de formatar o melhor modelo de eleição direta para administrador regional”, declarou o governador eleito.
Rollemberg também afirmou que vai usar o Centro Administrativo, que está em fase de conclusão. O objetivo de se construir o prédio, a partir de Parceria Público-Privada é reduzir o gasto do governo com aluguéis.
“O governador disse que vai entregar o centro, até dezembro, em condições de funcionamento. Foi um investimento grande feito pelo GDF e certamente vamos para lá”, afirmou Rollemberg.
Quem estará lá
A equipe de transição que representará o governo em final de mandato será composta por técnicos das secretarias.
Além das secretarias de Planejamento e Casa Civil, Administração Pública, Comunicação e Governo participarão do processo.
Os nomes indicados pelos partidos, a pedido de Rollemberg, deverão ser anunciados na segunda-feira.
Rollemberg afirmou que a sua equipe de transição contará com poucos nomes, todos de voluntários, que definirão as prioridades dos primeiros 120 dias de governo.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília