No Goiás, Marconi é disparado o mais rejeitado ao governo

REFILE - CORRECTING TYPE OF COMMITTEE Governor of Goias State Marconi Perillo gives his testimony to the parliamentary committee of inquiry of the federal senate in Brasilia June 12, 2012. The committee is investigating Perillo's connections with businessman Carlos Augusto Ramos, known as "Carlinhos Cachoeira", who is on trial for leading an illegal gambling network and believed to have connections with other businessmen and politicians. REUTERS/Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS CRIME LAW)

Levantamento o instituto Real Time Big Data esfria tentativa de retorno do ex-governador, que não conseguiu dissipar desaprovação mesmo após oito anos do encerramento do último mandato

Faltando pouco mais de um ano para a eleição de 2026, a pesquisa Real Time Big Data apresenta uma má notícia ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB). No momento em que o tucano ensaia um retorno ao tentar viabilizar nova candidatura ao Palácio das Esmeraldas, o levantamento despeja nele um verdadeiro ‘balde de água fria’. Marconi é disparado o mais rejeitado entre todos os pré-candidatos ao governo.

De acordo com a pesquisa, 51% dos eleitores afirmam que não votariam em Marconi em nenhuma hipótese. Por si só esse percentual é devastador. Em uma análise mais detida é ainda pior: 1) primeiro, restaria ao tucano menos da metade do eleitorado para tentar trabalhar sua pré-candidatura; 2) com os embates de uma campanha eleitoral, a tendência é que as rejeições cresçam, não o contrário; 3) passados quase oito anos do encerramento do último mandato, a rejeição a Marconi segue intacta. Assim, se não conseguiu dissipá-la nesse longo período como faria no pequeno espaço de uma campanha eleitoral?

A Real Time Big Data tem ainda outra notícia negativa para o ex-governador. O atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), sucessor natural do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) – que lidera a disputa com 26% das intenções de voto contra 23% de Marconi –, tem somente 18% de rejeição, quase um terço do eleitorado que ‘torce o nariz’ para um possível retorno do tucano. Em resumo, Daniel tem potencial de crescimento muito maior que o do ex-governador, como já havia explicado diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao analisar o resultado da pesquisa realizou em Goiás.

A pesquisa mostra ainda que a deputada federal Adriana Accorsi (PT) é rejeitada por 35% dos eleitores e o senador Wilder Morais (PL) por 27%, ambos impactados pela polarização nacional entre petistas e bolsonaristas. O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (PSD) tem rejeição de 20% e, por último, os pouco conhecidos Iure Castro (Cidadania) e Telêmaco Brandão (Novo) fecham a lista com 9% cada.

Encomendada pela Record TV Goiás, a Real Time Big Data ouviu 1.200 eleitores no estado, entre os dias 6 e 8 de setembro. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.