Mortes em Petrópolis chegam a 178, e catástrofe é a maior da história da cidade

Mais de 100 pessoas ainda estão desaparecidas. Buscas entram no 7º dia nesta segunda-feira. Trabalhos chegaram a ser interrompidas no fim da madrugada por causa de ventania, mas foram retomadas por volta das 7h. Há previsão de chuva ao longo do dia.

Fonte: Por Erick Rianelli, g1 Rio e Bom Dia Rio — Petrópolis


Vítimas da tragédia em Petrópolis — Foto: Reprodução/TV Globo

Vítimas da tragédia em Petrópolis — Foto: Reprodução/TV Globo

As mortes em decorrência das chuvas que atingiram Petrópolis na semana passada chegaram a 178, informou o Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (21). O número é o maior já registrado na história da cidade – a maior catástrofe até aqui era a de 1988, quando 171 morreram.

As equipes de busca se dividem em três áreas principais: os setores Alfa, Bravo e Charlie, que abrangem regiões como o Morro da Oficina, a Rua Teresa, o Alto da Serra, a Chácara Flora, a Vila FelipeCaxambu e localidades vizinhas.

A Polícia Civil, por sua vez, iniciou nesta segunda um mutirão de coleta de DNA para acelerar o trabalho de identificação de vítimas. Até o início da manhã, 143 corpos haviam sido identificados.

Desaparecidos

O cadastro de pessoas desaparecidas está sendo feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio. Veja aqui a lista mais atualizada divulgada pelas autoridades.

Pela Polícia Civil, o cadastro é feito pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que faz contato e atendimento especializado aos que buscam informações de desaparecidos e boletins de ocorrência.

O Ministério Público do Rio também tem um cadastro de desaparecidos. No MP, as informações sobre desaparecidos são recebidas pelos canais de comunicação do PLID:

"Você vê fragmentos da vida das pessoas"; repórteres do g1 contam a história por trás de imagens da tragédia

Pontos de apoio e acolhimento

A Prefeitura abriu todos os pontos de apoio para o acolhimento da população de área de risco.

Esses locais recebem doações e abrigam desalojados:

Em geral, essas estruturas funcionam em escolas e neste momento, há atendimentos nas localidades do Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora.

  • Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla
  • Escola Estadual Augusto Meschick
  • Escola Municipal Alto Independência
  • Escola Municipal Ana Mohammad
  • Escola Municipal Doutor Paula Buarque
  • Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo
  • Escola Municipal Duque de Caxias
  • Escola Municipal Governador Marcello Alencar
  • Escola Municipal Odette Fonseca
  • Escola Municipal Papa João Paulo II
  • Escola Municipal Rosalina Nicolay
  • Escola Municipal Stefan Zweig
  • Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus
  • Quadra do Boa Esperança Futebol Clube
  • Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana

Imagens da tragédia

Casa caiu, restou apenas o banheiro  — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Pás são vistas sobre colchão durante trabalho de buscas em Petrópolis nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Pás são vistas sobre colchão durante trabalho de buscas em Petrópolis nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Casa no alto do Morro da Oficina, em Petrópolis, que não foi arrastada pelo temporal — Foto: Marcos Serra Lima / g1
Casa destruída pelo deslizamento é vista no morro da Oficina, em Petrópolis (RJ), nesta sexta-feira (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Mecânico voluntário busca por corpos sozinho em área de risco em Petrópolis (RJ) nesta sexta (18) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Homem é visto em meio a escombros após tragédia em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Rastro da devastação causada pela chuva no Morro da Oficina, no Alto da Serra, em Petrópolis — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Carro levado pela enxurrada da tempestade de terça-feira (15), em Petrópolis, segue escorado numa ponte — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Fantástico

Petrópolis: conheça histórias de quem lutou pela vida em ônibus arrastados por enxurrada

Fantástico revela detalhes do que aconteceu com as pessoas que tentaram se salvar em cima de dois ônibus. São histórias de luta pela vida, de solidariedade e de heroísmo. Fonte: G1