O presidente argentino Javier Milei tem presença dada como certa pelo jornal La Nación
Em Análise feita pelo jurista André Marsiglia, Alexande de Moraes está em “encruzilhada” sobre liberação do passaporte de Bolsonaro para posse de Trump.
Diante do convite feito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a defesa do líder conservador pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para reaver o passaporte de seu cliente a fim de possibilitá-lo comparecer à solenidade.
Neste sábado (11), Moraes mandou o ex-chefe do Executivo mostrar o “convite oficial” que recebeu para a posse de Donald Trump. Moraes apontou que Bolsonaro apresentou como convite que recebeu de Trump apenas um e-mail enviado para o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por um endereço eletrônico não identificado.
Além disso, o ministro também pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a liberação após o magistrado validar o convite como genuíno, após as exigências documentais serem atendidas.
Diante do imbróglio, o professor e especialista em liberdade de expressão, André Marsiglia, analisou o quadro e declarou que Alexandre de Moraes está em uma “encruzilhada” e, provavelmente, “decidirá não decidir”.
Em suas redes sociais, neste domingo (12), o jurista citou as alternativas disponíveis ao ministro e conjecturou.
– Não é uma viagem oficial, se Moraes devolver [o passaporte], por coerência, terá de devolver para outras viagens, outros convites, revelando que a retenção é política, não se sustenta juridicamente.
Em seguida, Marsiglia apresentou outra opção.
– Se não devolver, expõe o Brasil e os abusos do STF ao comentário internacional.
E na terceira hipótese, revelou acreditar que Moraes “escolherá não escolher”.
– Parece-me que escolherá não escolher. Questiona o e-mail, pede mais documentos, abre para a PGR se manifestar e, ao final, a posse terá passado, ou estará muito em cima, e sua decisão não terá efeito.
E concluiu observando que “pior que juiz que decide mal, é o que não decide”.

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Milei sim, Lula não: por que presidente brasileiro faltará à posse de Trump

Donald Trump tomará posse como presidente dos Estados Unidos na próxima segunda-feira, dia 20. Em meio ao imbróglio envolvendo a liberação do passaporte de Jair Bolsonaro para participar do evento, uma falta é certa: a do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula não participará da posse de Trump. Com Brasil, futuro presidente americano seguiu protocolo tradicional das posses presidenciais nos EUA, para as quais não são convidados chefes de Estado ou governo, e sim diplomatas.
Medida seria adotada por segurança e para reforçar a ideia de supremacia americana. Não haveria necessidade de reconhecimento de outras nações.
O presidente brasileiro também não foi convidado para a posse de Barack Obama em 2009. Mesmo com agenda alinhada a de Lula, Obama convidou apenas embaixadores.
Embaixadora do Brasil em Washington, Maris Luiza Voitti, estará na posse de Trump. A confirmação foi feita pela chancelaria brasileira. O convite segue a tradição americana.
Mas Trump abriu exceção ao protocolo e convidou líderes da extrema direita. Um deles é presidente argentino Javier Milei. Presença dele é dada como certa pelo jornal La Nación.