Ministro defendeu a utilização das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na noite desta sexta-feira (20) que a Justiça Eleitoral atuará para que os votos colocados nas urnas não recebam o que ele chamou de “coação das milícias digitais”. A declaração foi feita em um congresso organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
– Não serão as milícias digitais que vão tirar a legitimidade de uma das grandes conquistas do Brasil, que são as urnas eletrônicas. O que a Justiça Eleitoral vai garantir é que o voto colocado na urna vai ser computado e que esse voto não vai receber coação das milícias digitais – disse.
Moraes, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições deste ano, relatou ainda que se reuniu com presidentes de todos os partidos com representação no Congresso Nacional para falar sobre as urnas eletrônicas. De acordo com o ministro, nenhum dos convidados levantou dúvidas sobre os equipamentos.
– Ninguém, nenhum político dos partidos, nenhum presidente [dos partidos], nenhum tem a mínima dúvida da transparência, da lisura e da integridade das urnas eletrônicas. Então, não serão milícias digitais que vão tirar esta legitimidade de uma das grandes conquistas do Brasil – declarou.
Em outro momento, Moraes ainda afirmou que o objetivo das milícias digitais é deslegitimar as eleições, independentemente do método usado para colher e contar os votos dos eleitores. De acordo com o ministro, mesmo que o instrumento de votação fosse alterado, os ataques seguiriam.
– O problema não é o voto pelo Correio, o problema não é o voto por escrito, o problema não é a urna eletrônica. O problema das milícias digitais é atacar a legitimidade das eleições. Então, você pega um instrumento das eleições e ataca. Se mudar o instrumento, você ataca do mesmo jeito porque assim você deslegitima – completou.