Almirante diz que o objetivo de “combater as ameaças transnacionais”
O chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, o almirante Alvin Holsey, informou neste domingo (16) que o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do Pentágono, entrou em águas do Caribe com o objetivo de “combater as ameaças transnacionais” e em meio à disputa de seu país com a Venezuela.
– Através de um firme compromisso e do uso preciso de nossas potências, estamos prontos para combater as ameaças transnacionais que buscam desestabilizar nossa região – afirmou Holsey em um comunicado de imprensa publicado no portal do organismo militar americano.
Esta operação marítima na área do Comando Sul dos EUA provém de ordens do secretário de Guerra (Defesa) americano, Pete Hegseth, que dirige o grupo de ataque do porta-aviões, e em apoio a diretrizes do presidente dos EUA, Donald Trump, de desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater narcoterroristas para defender seu território.
– O deslocamento da equipe de ataque do USS Gerald R. Ford representa um passo crítico para reforçar nossa solução de proteger a segurança do hemisfério ocidental e a do território americano – enfatizou.
O porta-aviões acompanhará a Unidade Expedicionária 22 a bordo do USS Iwo Jima, como parte da operação militar “Southern Spear” (Lança do sul), que está relacionada com a luta de Washington contra o narcotráfico originado na América Latina e que ocorre em um momento marcado pela crescente pressão do governo de Donald Trump sobre a Venezuela.
O USS Gerald R. Ford é o maior porta-aviões do mundo, com capacidade para 4,5 mil tripulantes e 70 aviões, e é considerado pela Marinha dos Estados Unidos como a “plataforma de combate mais capaz, versátil e letal do mundo”.
O Gerald R. Ford, que mede mais de 335 metros de comprimento e funciona com energia nuclear, conta com um sistema pioneiro de catapulta de aviões para decolagem eletromagnética, radares avançados e reatores nucleares, que alimentam ininterruptamente os motores do navio.
Durante seu período de testes, o USS Gerald Ford resistiu em 2021 ao impacto de três explosões submarinas conhecidas como testes de choque em nível de navio, que atestaram sua capacidade de resistir a fortes impactos e continuar operando em condições extremas.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago, Sean Sobers, confirmou na última sexta-feira que a Marinha de Guerra dos EUA chegaria hoje ao território caribenho para dar seguimento a seus exercícios militares com a Força de Defesa Trinitina, em meio às tensões entre Washington e Caracas.
As tensões entre Venezuela e Trinidad se intensificaram com a atracação em Porto Espanha, há uma semana, do USS Gravely, um destróier americano equipado com mísseis guiados.
Nas últimas semanas, as forças americanas destruíram em águas do Caribe e do Pacífico oriental mais de uma dezena de embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, ataques nos quais morreram a maioria de seus tripulantes.






