Descrito como cordial e liberal, ministro que assume quinta-feira comando do Supremo terá desafios como privilégios de juízes e Lava Jato.
O ministro Luiz Fux assume na quinta-feira (10/09) a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) para um mandato de dois anos no lugar do ministro Dias Toffoli. A substituição segue o rodízio tradicional, em que o próximo presidente é sempre o ministro mais antigo na Corte que ainda não tenha assumido o cargo.
A troca trará algumas mudanças de estilo no comando do Poder Judiciário. Enquanto Toffoli adotou uma postura política de aproximação com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, inclusive com constantes encontros com o presidente Jair Bolsonaro, a expectativa é que Fux, um juiz de carreira, mantenha um diálogo mais distante e institucional com os chefes dos demais Poderes.
Outra diferença relevante entre os dois é o posicionamento em relação à Operação Lava Jato. O novo presidente do STF é um dos principais “lavajatistas” na Corte, enquanto Toffoli é um dos ministros mais críticos, por entender que houve abusos na condução das investigações e processos.
Apesar disso, juristas ouvidos pela BBC News Brasil não consideram que a gestão Fux será necessariamente um momento favorável à operação. Segundo os entrevistados, isso dependerá mais de quem Bolsonaro escolher para substituir o decano Celso de Mello, que se aposenta em novembro, pois o novo ministro poderá reconfigurar (ou não) o balanço de forças nas ações penais. Fonte: Terra