Presidente argentino está nos EUA, onde participa da conferência anual Sun Valley, no estado de Idaho
O presidente da Argentina, Javier Milei, culpou neste sábado (13) o “desespero da esquerda internacional” por “impor sua agenda retrógrada e autoritária”, que a leva a recorrer ao “terrorismo” e citou como exemplo a “tentativa de assassinato covarde” contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Em uma mensagem divulgada na rede social X, Milei, que está nos Estados Unidos, onde participa da conferência anual Sun Valley, no estado de Idaho, expressou “apoio e solidariedade” ao candidato do Partido Republicano à presidência americana, que foi alvo de tentativa de assassinato.
– O desespero da esquerda internacional, que hoje vê sua ideologia nefasta expirar e está pronta para desestabilizar democracias e promover a violência a fim de se aparafusar ao poder, não é surpreendente. Em pânico por perderem nas urnas, eles recorrem ao terrorismo para impor sua agenda retrógrada e autoritária – escreveu Milei.
O Escritório da Presidência argentina também divulgou um comunicado na qual Milei expressou seu “mais forte repúdio” ao ataque.
– A bala que atingiu sua cabeça não é apenas um ataque à democracia, mas a todos nós que defendemos e habitamos o mundo livre – diz o texto.
De acordo com o comunicado, a Argentina “reafirma seu compromisso inabalável com a defesa da liberdade, da democracia e dos valores do Ocidente”, além de fazer “um apelo à comunidade internacional para que condene veementemente esse ataque e se junte à luta contra os inimigos da liberdade”.
Milei e Trump expressaram admiração mútua nos últimos tempos, primeiro nas redes sociais e depois pessoalmente, quando o líder argentino participou, nos EUA, da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em fevereiro.
Trump fazia um de seus comícios de campanha eleitoral em Butler, no estado da Pensilvânia, quando, depois de serem ouvidos disparos, foi atingido por um tiro na orelha direita. No entanto, ele está fora de perigo.
Enquanto Trump era retirado do local pelo Serviço Secreto, presumivelmente para Pittsburgh, a cidade mais próxima, simpatizantes do político republicano começaram a gritar “Estados Unidos”, enquanto as autoridades locais ordenavam pelo alto-falante que eles permanecessem em seus lugares.
Apesar de a maioria dos participantes ter obedecido às ordens, um grupo de cerca de 30 pessoas se dirigiu ao local onde estavam jornalistas para responsabilizá-los pelo que havia acontecido.
Eles gritaram com os jornalistas, chamando-os de “esquerdistas” e dizendo “a culpa é de vocês”, e os ânimos se exaltaram a tal ponto que a polícia teve que intervir.
*Com informações EFE