O ataque foi para vingar a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah
Teerã confirmou nesta quarta-feira (2) que utilizou pela primeira vez mísseis hipersônicos em um ataque contra Israel, ocorrido na terça-feira (1º). Ao todo, foram lançados cerca de 200 mísseis, de acordo com as autoridades iranianas, enquanto Israel relatou 180 projéteis.
O míssil hipersônico Fattah, introduzido em 2023, foi utilizado pelo Irã. Ele pode se deslocar tanto dentro quanto fora da atmosfera terrestre e tem alcance de 1.400 quilômetros, o que o torna capaz de atingir alvos em Israel.
Em pronunciamento na televisão estatal, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, informou que o ataque foi concluído com sucesso. O objetivo principal, segundo ele, era retaliar a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque israelense no Líbano, ocorrido na sexta-feira (27).
Bagheri afirmou que os mísseis atingiram instalações do serviço de inteligência israelense Mossad, além de duas bases aéreas, Nevatim e Hatzerim. O general declarou que “90% dos mísseis atingiram seus alvos” e alertou que o Irã pode continuar os ataques caso Israel responda.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que não houve diálogo entre Teerã e Washington antes do ataque, mas que representantes dos dois países conversaram após a ofensiva.
Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o Irã “cometeu um grave erro e pagará o preço por isso”. As informações são da agência RFI.