Investigação no Jockey Club SP por incentivos públicos de R$ 83,6 Milhões coloca Marconi Perillo na mira!

REFILE - CORRECTING TYPE OF COMMITTEE Governor of Goias State Marconi Perillo gives his testimony to the parliamentary committee of inquiry of the federal senate in Brasilia June 12, 2012. The committee is investigating Perillo's connections with businessman Carlos Augusto Ramos, known as "Carlinhos Cachoeira", who is on trial for leading an illegal gambling network and believed to have connections with other businessmen and politicians. REUTERS/Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS CRIME LAW)

O Jockey Club de São Paulo — instituição com 150 anos de história e reconhecida como símbolo de elegância — enfrenta uma grave crise financeira e uma investigação por suposto mau uso de incentivos fiscais.

Segundo reportagem do portal UOL, o clube captou R$ 83,6 milhões em incentivos públicos entre 2018 e 2025, sendo R$ 22,4 milhões via Lei Rouanet (federal) e R$ 61,2 milhões pela TDC (municipal), ambos destinados à restauração de sua sede tombada às margens da Marginal Pinheiros.

Parte dos valores foi destinada a empresas e pessoas próximas a Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB e conselheiro do Jockey. Segundo apuração, ele indicou a produtora goiana Elysium para coordenar o restauro e contratar fornecedores.

No centro da polêmica está o ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que é sócio do Jockey desde 2019 e conselheiro da instituição desde 2022

Documentos e notas fiscais obtidos pela reportagem revelam indícios de irregularidades, como pagamento de R$ 11,2 milhões a uma construtora de Goiânia chamada “Vidal”, que existe apenas no Instagram e não possui sede ou sócias identificadas; despesas pessoais como jantares com vinhos importados, compras em farmácias, estadias em hotéis no Rio de Janeiro e até condomínio quitado com verba pública; além de aluguel de gerador por R$ 2,3 mil, enviado para Santo Antônio do Descoberto sem vínculo técnico com o projeto de restauração.

No centro da polêmica está o ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que é sócio do Jockey desde 2019 e conselheiro da instituição desde 2022.

A reportagem do UOL aponta que parte dos recursos públicos captados teria sido direcionada a empresas goianas ligadas a parentes e ex-assessores de Perillo, como a produtora cultural Elysium Sociedade Cultural, criada por decreto em 2014 durante seu mandato. Perillo nega envolvimento.

A força-tarefa do Ministério da Cultura e da Controladoria-Geral do Município de São Paulo investiga a origem e a aplicação dos recursos captados pelo clube, o que pode resultar em devolução integral dos valores, além de responsabilização por improbidade, estelionato ou lavagem de dinheiro.

Além disso, o clube passou a responder a processo de recuperação judicial em setembro de 2025, ao declarar passivo de R$ 19,1 milhões com credores privados, suspensão temporária de cobranças e com a Prefeitura de São Paulo mantendo uma cobrança de mais de R$ 800 milhões em dívidas fiscais, especialmente IPTU.

A Elysium diz seguir as regras. Mas o caso é grave: dinheiro público, destinado a preservar história, pode ter ido para bolsos questionáveis.

Para Perillo, com 15,6% das intenções de voto em Goiás (AtlasIntel), o escândalo é uma bomba-relógio às vésperas de 2026.

O que está em jogo? A credibilidade de incentivos fiscais e a preservação de um patrimônio cultural.

A auditoria da Prefeitura pode exigir a devolução dos recursos e abrir caminho para investigações federais.

Marconi articula nos bastidores para reduzir as dívidas fiscais do clube, mas o UOL aponta conexões incômodas: parte dos recursos foi para empresas goianas ligadas a parentes e ex-assessores, como a Elysium Sociedade Cultural, criada por decreto seu em 2014.