Vândalos promovem quebra-quebra nas sedes dos Três Poderes. Lula decreta intervenção federal no DF

Vândalos promovem quebra-quebra nas sedes dos Três Poderes

Veja como ficou o Senado após a invasão

Grupos que não aceitam o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, e o Supremo Tribunal Federal no último domingo (8). Cerca de 300 pessoas foram presas. Durante horas, os vândalos tiveram tempo para depredar o patrimônio público.

Presidente declarou que decreto visa restabelecer segurança em Brasília para que nunca mais atos como esses voltem acontecer na capital do Brasil

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal em Brasília até o dia 31 de janeiro de 2023 após a invasão deste domingo, 8, e declarou que os responsáveis pelos atos vão ser punidos.

“Todas essas pessoas que fizeram isso vão ser encontradas e punidas. Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, mas também exige as instituições que formam criadas para fortalecer a democracia”, disse em entrevista coletiva, acrescentando que o decreto tem como objetivo cuidar da segurança do DF para que atos como esse nunca mais voltem a acontecer no Brasil.

“Essas pessoas precisam ser punidas de forma que ninguém nunca mais ouse fazer o que eles fizeram. Isso nunca tinha acontecido antes na história do país”. Lula também nomeou Ricardo Garcia Cappelli como novo responsável pela segurança pública na capital. Cappelli é secretário-executivo do Ministério da Justiça, braço direito do ministro da Justiça Flávio Dino. 

Na tarde deste, manifestantes que estavam acampados no QG do Exército, contestando o resultado das eleições de 2022, invadiram o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto e pedem a renúncia de Lula.

Entenda o que significa a intervenção federal na segurança pública do DF decretada por Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto de intervenção federal na segurança pública do DF até 31 de janeiro

Diante dos atos de vandalismo e destruição das sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto de intervenção federal na segurança pública do DF por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O ato ocorreu após a Polícia Militar do DF, que atuava para conter manifestantes, não obter êxito. O governo federal precisava de mais ação no momento em que, aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios.

Em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022, vidraças, cadeiras e mesas de prédios públicos foram quebradas (veja fotos do interior do Palácio do Planalto depredado). Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.

Na primeira intervenção federal da história do DF, o governador da capital, Ibaneis Rocha (MDB), não perde os poderes como chefe do Executivo. A intervenção só afeta a área de segurança pública. A medida é limitada somente neste âmbito e valerá, inicialmente, até 31 de janeiro

Com o decreto assinado por Lula, a Polícia Militar, a Polícia Civil, as polícias penais e todas as forças de segurança pública passam a responder ao governo federal. O decreto permite, ainda, que as Forças Armadas atuem em Brasília para a retomada da ordem pública. O objetivo é frear a depredação e a ação que manifestantes bolsonaristas promovem na capital.

Mais cedo, o Partido Verde tinha pedido intervenção no DF, além de outras medidas, baseado no artigo 34 da Constituição., que estabelece as hipóteses de intervenção e, entre as motivações constam a grave perturbação da ordem pública e a violação de princípios constitucionais.