Ex-presidente falou em “arbitrariedades” em favor do “outro lado”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta quarta-feira (26), que ele foi discriminado durante seu governo e que há uma “perseguição” contra ele e sua família “sob todos os aspectos”. Em entrevista à revista Crusoé, ele queixou-se do que chamou de “arbitrariedades” em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e citou exemplos.
– Na minha intimidade, eu fiquei revoltado quando o [Alexandre] Ramagem não pôde assumir a PF. Busquei contornar sem uma medida drástica. Quem hoje é o diretor da PF? Um amigo íntimo do Lula. Comigo não foi possível. Há uma diferença. Eu fui discriminado durante todo o mandato – destacou.
O ex-líder do Planalto ainda afirmou que o TSE se mostrou “completamente favorável ao outro lado” durante às eleições, em referência ao seu rival petista.
– Eu resolvi ir embora em 30 de dezembro. Jamais entregaria a faixa para alguém com o passado do atual presidente que está aí. Jamais, jamais. Pela forma como ele foi tirado da cadeia, a forma como ele foi “descondenado” para driblar a Lei da Ficha Limpa. E, depois, como o TSE tratava as questões de interesse meu e dele. O TSE foi completamente favorável ao outro lado. Mas eu considero as eleições do ano passado uma página virada – acrescentou.
Questionado se teme o ministro Alexandre de Moraes, relator de processos contra ele, Bolsonaro reafirmou temer apenas “possíveis arbitrariedades”.
– Fora isso, você não tem que temer ninguém neste país. Nem ele a nós, nem nós a eles. Isso é uma democracia. Se você passar a intimidar outras pessoas, está com os dois pés fora das quatro linhas – avaliou.
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