Fugitivos de Mossoró: Foto mostra buraco por onde presos fugiram
Segundo matéria do G1, Imagem do presídio federal de segurança máxima de Mossoró mostra um buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram da unidade na madrugada da quarta-feira (14).
Os dois presos — Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento — são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos — três deles decapitados.
Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais – porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação.
Agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias locais fazem buscas desde o dia da fuga. Até a última atualização desta reportagem, nesta sexta (16), eles ainda não haviam sido encontrados (veja mais abaixo detalhes da missão).
Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.
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Buraco na parede da cela de onde saíram fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró — Foto: Divulgação
Dinâmica da fuga
A fuga na madrugada da última quarta-feira foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006.
Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais – porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação.
Os criminosos escaparam da mesma maneira, fazendo um buraco na luminária do teto das respectivas celas. Como fugiram juntos, a suspeita é de que:
- os dois possuíam ferramentas que foram usadas para fazer os buracos;
- os dois conseguiram manter contato para que a fuga ocorresse de maneira coordenada, ao mesmo tempo.
Buscas
Para a força-tarefa responsável pelas buscas, tudo leva a crer que os dois fugitivos ainda estão na área. Um raio de 15 km em torno do presídio está sendo vasculhado. As buscas, agora, concentram-se na área onde as pegadas e peças de roupa foram achadas.
Ao todo, mais de 300 agentes de segurança estão trabalhando para recapturar os fugitivos. Estão empenhados:
- 100 agentes da Polícia Federal;
- 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal;
- 100 agentes das forças policiais locais (civil e militar);
- 3 helicópteros (1 da PRF, 1 da PF e 1 da Secretaria de Segurança Pública do RN);
- Drones (com equipamentos termais) e cães farejadores.
Fonte: G1
Força-tarefa encontra camiseta de presidiário em buscas por fugitivos de Mossoró; VEJA FOTO
Pegadas que policiais acreditam ser dos fugitivos também foram encontradas na zona rural de Mossoró na madrugada desta sexta-feira (16). Suspeita é que tenham sido furtados de uma casa que fica a 7 km do presídio de segurança máxima de onde os dois escaparam na quarta-feira (14).
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Camiseta de uniforme de presidiário encontrada durante as buscas pelos fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró — Foto: Divulgação
A força-tarefa que busca pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, do Rio Grande do Norte, encontrou, nesta sexta-feira (16), uma camiseta de uniforme de presidiário na Zona Rural de Mossoró.
Além desse item, os policiais encontraram pegadas, uma outra camiseta e um lençol que investigadores acreditam ser dos fugitivos (veja fotos abaixo).
A camiseta e o lençol, segundo investigadores, foram pegos em uma casa que fica a 7 km do presídio e que foi alvo de furto, na noite de quarta-feira (14), mesmo dia da fuga.
Um dos moradores da região confirmou aos investigadores que, entre os itens, estava um objeto furtado de sua casa.
Para a força-tarefa responsável pelas buscas, tudo leva a crer que os dois fugitivos ainda estão na área. Um raio de 15 km em torno do presídio está sendo vasculhado. As buscas, agora, concentram-se na área onde as pegadas e peças de roupa foram achadas.
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Pegada, camiseta e colcha encontradas nesta sexta-feira (16) durante buscas pelos 2 fugitivos da penitenciária federal do Rio Grande do Norte. — Foto: Divulgação
Quem são os foragidos
Os foragidos são Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35. Eles são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.
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Os detentos Deibson Cabral Nascimento (à esquerda) e Rogério da Silva Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) — Foto: Reprodução
Deibson, inclusive, é apontado como um dos primeiros integrantes da facção criminosa no Acre, em 2013, segundo o promotor de Justiça do Ministério Público do Acre (MP-AC) Bernardo Albano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, criado em 2006, que atualmente conta com cinco presídios de segurança máxima.
De acordo com o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandoski, os foragidos conseguiram escapar por problemas no planejamento de uma reforma do presídio e o descuido com materiais de construção. Parte da fuga foi filmada por câmeras de segurança.
Veja detalhes da fuga:
- Fugiram por falhas no teto: A fuga foi realizada, inicialmente, pela luminária da cela, segundo o ministro. O movimento foi facilitado por falhas no revestimento ao redor da luminária. Em vez de o teto ser revestido por concreto, foi realizado um trabalho comum de alvenaria.
- Passaram pelas tubulações: quando os detentos conseguiram sair pela luminária, de acordo com o ministro, eles entraram para o shaft — parte onde ficam as tubulações –, e de lá conseguiram acessar o teto. A pasta afirmou que não havia nenhuma grade ou proteção, detalhe que faz parte do planejamento de construção.
- Utilizaram ferramentas de construção: quando os criminosos ultrapassaram esses obstáculos, foram encontradas ferramentas usadas para a reforma do presídio. O ministro ainda relatou que os presos se depararam com um tapume de metal que protegia o local reformado, ultrapassaram a área e cortaram com um alicate as grades da penitenciária.
Buscas iniciais ficaram concentradas em um raio de 15 km em torno do presídio.