EUA e Reino Unido lançam ataques contra o grupo Houthi no Iêmen

Os rebeldes xiitas iemenitas Houthis reportaram nesta sexta-feira (4) mais de uma dezena de ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido em vários pontos da capital iemenita, Saná, e na província de Hodeida. Segundo a rede al-Masriya, ligada ao movimento rebelde, sete ataques atingiram o aeroporto de Hodeida e suas imediações, enquanto outros quatro alvos foram na capital, que está sob controle dos Houthis desde o final de 2014, no início da guerra civil.

Além disso, um último ataque bombista ocorreu na cidade de Dhamar, no sudoeste do país. A imprensa local não especificou se houve mortos ou feridos nos incidentes.

Os rebeldes, próximos do Irã e que controlam partes do Iémen devastado pela guerra, têm realizado ataques ao longo da costa do país desde novembro. Eles alegam que os ataques visam navios que atendem portos israelitas, em solidariedade aos palestinos, no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023.

Os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, regiões essenciais para o comércio mundial, elevaram os custos dos seguros e forçaram muitas companhias a navegarem por rotas muito mais longas pelo extremo sul da África.

Os EUA, aliados de Israel, estabeleceram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na região estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro, com a colaboração do Reino Unido. Os Hutis fazem parte do chamado “Eixo da Resistência”, uma coalizão liderada pelo Irã que também inclui o Hamas e o Hezbollah.

Recentemente, os militares dos EUA atacaram alvos Houthi, incluindo sistemas de armas e bases, confirmando a extensão da operação em apoio a Israel. Apesar das tentativas dos Hutis de atingir navios americanos, a Marinha dos EUA interceptou todos os mísseis e drones lançados contra seus navios.

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, os Hutis têm atacado mais de 80 navios mercantes com mísseis e drones, capturando um e afundando dois, resultando na morte de quatro marinheiros. Embora o grupo declare que seus ataques visam embarcações ligadas a Israel, muitos dos navios atacados não têm relação com o conflito, incluindo alguns que se dirigiam ao Irã.

Reprodução das redes sociais/telegram

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