Policiais prenderam em flagrante, na tarde de quarta-feira (2), a um homem com R$ 1.920.000 em espécie, em um estacionamento no Centro de Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense. O dinheiro seria usado para a compra de votos.
O homem, o dinheiro e os documentos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro, onde será instaurado inquérito para dar prosseguimento à investigação. O preso poderá responder por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.
O investigado é dono de uma empresa que tem vários contratos com as prefeituras de São João de Meriti e Duque de Caxias. A PF não informou o nome dele nem do candidato que seria beneficiado com a compra de votos.
A prática é definida no artigo 299 do Código Eleitoral como “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto”. A pena é de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa.
MAIS SOBRE COMPRAS DE VOTO
Candidato a prefeito é preso após jogar dinheiro em praça pública
Já na manhã desta quarta-feira, Dr. Raione Cabral (Mobiliza), candidato à Prefeitura de Coari, interior do Amazonas, após fazer uma “chuva de dinheiro” em uma praça pública no município.
Vídeos que circulam em redes sociais mostram o alvoroço causado com a ação do candidato. Enquanto ele joga as notas da base de uma estátua, um grupo corre para pegar o dinheiro. Já outro vídeo também mostra Raione sendo conduzido até uma viatura por um policial federal.
Advogado, ele é conhecido no município por fazer forte oposição ao ex-prefeito Adail Pinheiro (Republicanos), que agora é adversário dele no pleito, e aos familiares do ex-gestor.
Grupo oferecia até R$ 40 mil para candidatos desistirem de campanha
Também nesta quarta-feira, a PF deflagrou uma operação contra uma quadrilha que oferecia até R$ 40 mil, em espécie, para que candidatos a vereador desistissem da campanha eleitoral e apoiassem outro grupo, para prejudicar a quantidade mínima de candidatos registrados no partido adversário.
O caso é investigado em Caxias, no Maranhão, a cerca de 360km de São Luís, a capital do Estado. A PF não informou os alvos da investigação nem dos candidatos que teriam aceito tal proposta, sequer os partidos que integram. A corporação disse apenas que identificou a associação criminosa que vem cometendo os crimes eleitorais.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, na manhã desta quarta-feira. Eles poderão responder pelos crimes de associação criminosa e diversos crimes previstos na legislação eleitoral.
PF apura possível compra de votos com Cheque Moradia
Ainda nesta quarta, mas em Marabá, no Pará, a PF deflagrou a Operação Voto em Xeque, visando combater o crime de corrupção eleitoral, supostamente praticado por dois candidatos a vereador.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral após representação do Ministério Público Eleitoral: dois nas casas dos alvos e um em gabinete na Câmara Municipal de Marabá.
As investigações apontam o uso ilegal da máquina pública por parte dos candidatos, que teriam oferecido Cheque Moradia em troca de votos. Um dos investigados, inclusive, é candidato à reeleição para o cargo de vereador na cidade.
Cheque Moradia é um programa habitacional, criado pelo Governo do Pará, que oferece um auxílio financeiro de até R$ 20 mil reais para a construção, reforma, ampliação ou aquisição de imóveis, para famílias com renda de até três salários-mínimos.
No decorrer das buscas, foram apreendidos diversos documentos e mídias digitais, que interessam à persecução penal. As investigações e análises dos materiais apreendidos ficarão a cargo da Polícia Federal.
Servidor é preso com R$ 120 mil em carro oficial
Já na terça-feira (1º), em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, a PF predneu um servidor estadual e apreendeu R$ 120 mil em ação de combate a crimes eleitorais em Roraima. Também foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão analisados durante a investigação.
“Após informação recebida através do canal de denúncias de crimes eleitorais, a PF fez a análise preliminar dos dados obtidos que, ao ser confirmada a plausibilidade da informação, solicitou apoio à PRF que realizou a abordagem e encontrou a quantia numa bolsa dentro de um veículo oficial”, disse a PF em nota, sem mais informações.