Embaixada orienta brasileiros a saírem do Líbano: “Precaução”

Beirut (Lebanon), 02/08/2024.- Members of the Palestinian Joint Action Committee carry a mock coffin during a protest against the killing of a late Hamas leader Ismail Haniyeh in Iran, in Beirut, Lebanon, 02 August 2024. Haniyeh and one of his bodyguards were targeted and killed in Tehran on 31 July 2024, the Iranian Revolutionary Guard Corps (IRGC) confirmed. (Protestas, Líbano, Teherán) EFE/EPA/WAEL HAMZEH

O aumento da tensão geopolítica no Oriente Médio tem preocupado autoridades

A Embaixada do Brasil no Líbano publicou um comunicado com recomendações para que os brasileiros que estejam no país saiam de lá devido à escalada da tensão geopolítica no Oriente Médio. Nos últimos dias, aumentou o temor das consequências de eventuais retaliações aos ataques de Israel que resultaram no assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante do alto escalão do Hezbollah, Fuad Shukr.

Na última terça-feira (30), Israel promoveu um ataque aéreo em Beirute, capital do Líbano. O alvo da ofensiva foi o comandante do Hezbollah, que acabou assassinado. O líder do Hamas, por sua vez, foi morto em Teerã, capital do Irã, no dia seguinte.

O aumento da tensão no Oriente Médio ocorre no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que já dura quase dez meses. O Hezbollah é aliado do Hamas e apoiado pelo Irã. Outros países, como os Estados Unidos, também orientaram seus cidadãos a saírem do Líbano.

– Se você não estiver no Líbano, não viaje ao país – diz o comunicado no site da embaixada brasileira no Líbano.

E continua:

– A Embaixada recomenda aos cidadãos brasileiros residentes ou que estão viajando pelo Líbano que considerem a precaução de deixar o país, por seus próprios meios, até que o país volte à normalidade.

A embaixada orienta ainda que os brasileiros que não puderem deixar o Líbano devem evitar permanecer no sul do país, em áreas de fronteira ou em outros locais considerados de risco. Também há a recomendação de que os brasileiros não participem de protestos e sigam orientações de segurança das autoridades locais.

Na última quarta-feira (31), o governo Lula condenou o ataque de Israel a Beirute e disse acompanhar com “extrema preocupação” a escalada das hostilidades na região.

– A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países – dizia comunicado do Itamaraty.