Certificação histórica fortalece pecuária local e amplia acesso a mercados internacionais
O Distrito Federal foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação, entregue durante a 33ª Expoabra, no Parque de Exposições da Granja do Torto, abrange mais de 82 mil cabeças de gado e representa um marco histórico para a pecuária da região, reforçando a segurança sanitária e ampliando as oportunidades de exportação de produtos de origem animal.
O avanço é resultado de um esforço conjunto entre o setor público e privado, que envolveu a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagri-DF), a Câmara Legislativa do DF (CLDF) e a Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF). Foram implementadas medidas rigorosas de biosseguridade, fiscalização e boas práticas na produção pecuária.
“Ter o Distrito Federal reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação é um marco histórico. Isso fortalece a segurança sanitária do nosso rebanho e abre oportunidades para exportação, garantindo mais renda e mobilidade comercial para nossos produtores”, destacou a vice-governadora Celina Leão.
Com esse status, a capital do país consolida-se como fornecedora confiável de alimentos de alta qualidade, capaz de acessar mercados internacionais mais exigentes. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, reforçou o impacto da conquista: “Nosso rebanho de animais de casco fendido – bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos – passa a ter oportunidade de ser exportado para qualquer país do mundo, já que muitos não compram animais vacinados ou seus subprodutos”.
O presidente da Fape-DF, Fernando Cezar Ribeiro, também celebrou a certificação, ressaltando o trabalho coletivo dos produtores: “Esse reconhecimento reforça a segurança sanitária do nosso rebanho e gera novas oportunidades de comércio, mostrando que o setor pecuário do DF está em sintonia com padrões nacionais e internacionais”.
Apoio ao cultivo de mirtilo
Na mesma cerimônia, produtores locais receberam cartas de crédito do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) para incentivo ao cultivo de mirtilo. Dois agricultores foram contemplados com recursos destinados à implantação de lavouras, sistemas de irrigação, telados e estruturas de apoio.
O financiamento, oferecido pelo FDR em parceria com a Emater-DF, busca diversificar a produção agrícola e aumentar a renda dos pequenos e médios produtores. O cultivo de mirtilo, fruta em expansão no Cerrado, vem mostrando grande potencial econômico e deve ganhar força nos próximos anos.
“Essa é uma cultura em crescimento que agrega valor à nossa economia rural e mostra o quanto o governo tem trabalhado para impulsionar a produção agrícola”, acrescentou Rafael Bueno.