Marcelo Lima Buhatem é do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
CNJ afasta desembargador após postagem de apoio a Bolsonaro e associação de Lula ao CV.
O desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O afastamento dura 60 dias. A decisão ocorre após a publicação de mensagens de cunho político-partidário em redes sociais.
Segundo o CNJ, em março de 2023, o desembargador publicou mensagens que questionavam a credibilidade do sistema judicial e eleitoral brasileiro. O registro foi feito no Linkedin.
O órgão apontou que as postagens “fomentaram a desconfiança social na justiça, segurança e transparência das eleições”.
O conselheiro Alexandre Teixeira relatou infrações disciplinares e votou pela pena de disponibilidade por 90 dias. No entanto, a maioria do plenário seguiu o voto do conselheiro Caputo Bastos. As informações são da CNN.
CNJ afasta desembargador por mensagens públicas de apoio a Bolsonaro
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou por 60 dias o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pela publicação de mensagens político-partidárias nas redes sociais. Pela decisão, Buhatem fica em disponibilidade, afastado de suas funções, mas continua recebendo vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
O desembargador, que respondia a processo administrativo disciplinar por possíveis infrações, foi acusado de tráfico de influência, paralisação irregular de processos e de não comunicar suspeição em processos onde uma familiar atuava como advogada. No entanto, o relator do processo, conselheiro Alexandre Teixeira, defendeu punição apenas para as publicações político-partidárias, por entender que não há provas de conduta ilícita nas outras acusações.
Buhatem compartilhou por diversas vezes publicações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro em seu perfil na rede Linkedin.
Ele também enviou mensagem a uma lista de transmissão no WhatsApp associando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à facção criminosa Comando Vermelho.
Segundo a defesa do desembargador, ele apenas “curtiu” postagens institucionais feitas pelo então presidente Jair Bolsonaro, “sem tecer manifestação pessoal sobre o conteúdo das publicações em redes sociais”.
O plenário do CNJ entendeu, no entanto, que as mensagens tiveram grande alcance e fomentaram a desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparência das eleições.