Família recebeu 14% da verba destinada para evento, cerca de R$ 66 mil. Roberto Estêvão Ribeiro de Castro disse que não houve favorecimento ou interferência da administração.
Festa Natal Histórico em Planaltina Acervo Pessoal O governo do Distrito Federal gastou R$ 450 mil com uma festa de Natal de dez dias em Planaltina. No entanto, não houve licitação e a contratação do Instituto Qualificação Brasil ocorreu por meio de um termo de fomento da Secretaria de Turismo.
Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp. No Plano de Trabalho, consta que o coordenador-geral do instituto Roberto Estêvão Ribeiro de Castro — cunhado do administrador de Planaltina — deveria receber, antes de qualquer outra compra, um cachê de mais de R$ 30 mil.
A filha e a sobrinha de Roberto também foram incluídas no projeto. Juntas, elas receberam cerca de R$ 35 mil. Ao todo, a família recebeu R$ 66 mil, o equivalente a 14% da verba repassada para o Natal de Planaltina. Roberto afirmou que não houve favorecimento ou interferência da Administração de Planaltina.
Ele disse ainda que a família trabalha com termos de fomento há vários anos e que foram chamados pela experiência em outros projetos. Em entrevista à TV Globo, o administrador Wesley Fonseca disse que não sabia que o cunhado fazia parte de nenhuma instituição. Ele disse ainda que não teve envolvimento com o projeto e que a responsabilidade era da Secretaria de Turismo.
Apesar de dizer que não teve envolvimento, Wesley apareceu nas redes sociais divulgando o evento e agradecendo o autor da emenda parlamentar que financiou o projeto, o deputado distrital Pepa (PP).
O parlamentar não se manifestou. No Portal da Transparência consta que o dinheiro já saiu dos cofres do governo. O repasse de quase R$ 500 mil aconteceu no dia 22 de dezembro, antes do evento terminar, em parcela única. Em nota, a Secretaria de Turismo informou que não tinha conhecimento do grau de parentesco e que, ao contrário do que afirma o administrador, a pasta não participa da contratação de nenhuma entidade.
A secretaria fica responsável apenas pela análise do processo financeiro e a viabilidade do projeto. LEIA TAMBÉM DESVIO NA EPTG: causa transtornos no trânsito; veja como funciona interdição DESAMPARADOS PELO GDF: ‘Não tem onde morar’: população de regiões irregulares do DF reclama de falta de infraestrutura e apoio Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
