O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) apresentou, nesta quarta-feira (3), os resultados da Operação Verde Vivo 2025, considerada a principal frente de combate e prevenção às queimadas no período crítico da seca no DF. O balanço revelou uma redução expressiva de 70% da área destruída pelo fogo em comparação com 2024, resultado que a corporação atribui à combinação de tecnologia, planejamento estratégico e maior engajamento da população.
CBMDF intensifica ações contra queimadas e obtém redução expressiva em 2025
O desafio da seca
Tradicionalmente, os meses de estiagem no Distrito Federal representam o período de maior risco para incêndios florestais. A baixa umidade relativa do ar, associada à escassez de chuvas e à vegetação seca, cria um cenário altamente propício para a propagação das chamas. Nesse contexto, a Operação Verde Vivo surge como resposta estruturada e permanente, sendo realizada anualmente para minimizar os impactos do fogo sobre áreas urbanas, rurais e ambientais.
Tecnologia e planejamento garantem queda histórica nas queimadas do DF
Estrutura e planejamento da operação
A Operação Verde Vivo é conduzida pelo CBMDF como uma iniciativa estratégica que une prevenção, monitoramento e resposta imediata. O plano engloba a mobilização de efetivos especializados, a utilização de viaturas adaptadas para terrenos de difícil acesso, o emprego de aeronaves de combate a incêndios e a contratação de brigadistas temporários, que reforçam a capacidade de atuação durante os meses mais críticos.
Além disso, o CBMDF instalou bases avançadas em pontos estratégicos do DF, garantindo maior agilidade no deslocamento das equipes até os focos de incêndio. Esse modelo de atuação descentralizada reduziu significativamente o tempo de resposta e contribuiu para a diminuição da área devastada em 2025.
Engajamento da população fortalece resultados da Operação Verde Vivo 2025
Educação e conscientização
Um dos pilares da Verde Vivo é o seu viés educativo. Paralelamente às ações de combate direto, a operação promove campanhas de conscientização em escolas, comunidades rurais e áreas urbanas, orientando a população sobre os riscos do uso inadequado do fogo.
O CBMDF reforça que a maioria dos incêndios florestais é provocada por ação humana — seja por negligência, como o descarte de bitucas de cigarro, seja por queimadas criminosas. Nesse sentido, a corporação ressalta a importância do envolvimento da sociedade no processo de prevenção, destacando que a redução dos focos em 2025 também foi resultado de maior conscientização coletiva.
CBMDF celebra recorde na prevenção a incêndios florestais no DF
Integração institucional
Um diferencial da Operação Verde Vivo é a articulação com outros órgãos do Governo do Distrito Federal, como o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Defesa Civil e a Polícia Militar. Essa rede de cooperação fortalece não apenas o combate às chamas, mas também o monitoramento ambiental e a preservação de áreas de grande relevância ecológica, como o Parque Nacional de Brasília, a Floresta Nacional de Brasília e diversas unidades de conservação espalhadas pelo DF.
Segundo o Comandante-Geral, essa integração interinstitucional foi fundamental para os bons resultados de 2025: “A união de esforços permitiu que tivéssemos respostas mais rápidas e eficientes, protegendo vidas humanas, fauna, flora e o patrimônio da nossa capital”, destacou.
Operação Verde Vivo reduz em 70% área queimada no DF em 2025
Resultados e perspectivas
Com a redução de 70% na área atingida por incêndios em relação ao ano anterior, a Operação Verde Vivo 2025 consolidou-se como uma das mais eficientes já realizadas pelo CBMDF. Os números apontam não apenas para a eficácia do planejamento operacional, mas também para a evolução do engajamento da sociedade e a eficiência da integração com outros órgãos públicos.
Encerrando a apresentação, o Comandante-Geral reafirmou o compromisso da corporação: “Nosso objetivo é salvar vidas e preservar o meio ambiente. A Operação Verde Vivo mostra que, com tecnologia, planejamento e participação popular, é possível transformar o cenário da seca no Distrito Federal”.